Açúcar inicia semana com altas de mais de 1% em NY e Londres seguindo disparada do petróleo

Publicado em 20/11/2023 15:54
Nos fundamentos, mercado também segue atento para a safra complicada na Ásia, com Índia e Tailândia

As cotações futuras do açúcar encerraram esta segunda-feira (20) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte da forte valorização internacional do petróleo, além de seguir a atenção para a oferta, principalmente por conta da Ásia.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,40%, a 27,56 cents/lb, com máxima em 27,60 cents/lb e mínima de 27,07 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,33%, negociado a US$ 746,40 a tonelada.

O mercado do açúcar teve suporte importante durante o dia da alta forte do petróleo no cenário internacional, que chegou a superar os 3%. Há expectativas de novos cortes na oferta pela  Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+).

As oscilações do petróleo impactam diretamente na decisão de produção do mix das usinas com base na rentabilidade, se terão maior foco para o açúcar ou etanol.

Ainda no financeiro, o açúcar também encontrou suporte nesta segunda-feira da desvalorização de mais de 1% do dólar sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dar suporte aos preços externos das commodities agrícolas.

Nos fundamentos, os operadores no mercado se atentam para a safra complicada na Ásia, com Índia e Tailândia.

"O mercado continua a observar condições estressantes nas áreas de produção asiáticas... Existem preocupações sobre o potencial de produção da Tailândia e da Índia devido ao El Niño", afirma Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.

Por outro lado, após temores com as chuvas, a colheita tem avançado com tempo firme nos últimos dias na principal região produtora do Brasil. Ainda do maior produtor global do adoçante, o mercado monitora os gargalos logísticos nos portos.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar no mercado brasileiro voltaram a cair. Na primeira quinzena de novembro, algumas usinas reduziram seus valores, pois muitos compradores não estavam dispostos a negociar, por causa das cotações elevadas, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 156,13 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,20%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 155,62 a saca e alta de 0,42%, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 28,32 c/lb com desvalorização de 0,04%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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