Açúcar salta mais de 1% nesta 6ª em NY com foco na oferta; alta semanal de quase 4%

Publicado em 03/11/2023 15:37
Além de preocupações com as origens asiáticas, também há temores com as chuvas na colheita do BR e escoamento

As cotações futuras do açúcar encerraram esta sexta-feira (03) com alta de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. Apesar de queda pela manhã, o suporte prevaleceu com foco nas origens asiáticas, além de temores com as chuvas na colheita do Brasil e impacto no escoamento.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) teve valorização de 1,06%, a 27,77 cents/lb, com máxima em 27,83 cents/lb e mínima de 27,33 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,12%, negociado a US$ 747,30 a tonelada.

No acumulado desta semana, o principal vencimento do adoçante saltou 3,81% no terminal norte-americano.

As atenções do mercado para a oferta seguiram durante toda esta sexta-feira, apesar de quedas técnicas mais cedo em realização de lucros. O principal pilar continua sendo os temores com a oferta global, já que a safra tem sido impactada pelo clima na Índia e Tailândia.

A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA), inclusive, anunciou nesta semana que a safra da Índia, segunda maior exportadora global do adoçante, apenas atrás do Brasil, deve cair 8%, para um total de 33,7 milhões de toneladas neste ciclo 2023/24, que começou em outubro.

Além disso, o mercado acompanha a possibilidade de que a Tailândia possa restringir suas exportações.

Os operadores de mercado também se preocupam com a finalização da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, já que chuvas podem impactar a colheita da cana-de-açúcar nos próximos dias, embora as perspectivas para a produção de açúcar na região permaneçam favoráveis neste ciclo.

Também há um monitoramento para o fluxo de exportações do adoçante nas próximas semanas em meio às instabilidades climáticas.

No financeiro, também houve suporte ao adoçante da queda expressiva do dólar sobre o real. Uma moeda estrangeira mais baixa tende a desencorajar as exportações, mas em compensação dá suporte aos preços do adoçante. Por outro lado, o petróleo tinha queda expressiva.

MERCADO INTERNO

Os preços internos do açúcar voltaram a subir neste início de novembro reflentindo os avanços externos. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 158,75 a saca de 50 kg com alta de 0,99%.

"Observa-se certa resistência por parte dos compradores em negociar a preços mais elevados no mercado à vista, mesmo com oferta de açúcar de melhor qualidade restrita. No geral, a liquidez captada está estável neste final de mês", destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,60 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,99 c/lb com queda de 0,11%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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