Açúcar despenca mais de 2% em NY seguindo petróleo e avanço da safra no Brasil

Publicado em 11/10/2023 15:11
Produção no Centro-Sul na segunda metade de setembro ficou bem acima do mesmo período do ano anterior e das expectativas

As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (11) com queda expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu no dia pressão do petróleo, além de dados sobre o avanço de safra do Centro-Sul do Brasil em setembro.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 2,40%, a 26,40 cents/lb, com máxima em 27,18 cents/lb e mínima de 26,30 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve queda de 1,45%, negociado a US$ 709,30 a tonelada.

O mercado iniciou esta quarta-feira no campo misto, mas passou a cair mais fortemente nesta tarde com atenção ao petróleo. Sinais da Arábia Saudita estabilizando o mercado contribuíram para a pressão depois de temores com tensões no Oriente Médio.

As oscilações do óleo bruto impactam diretamente nos preços do açúcar por conta da influência na decisão das usinas sobre o mix, mais voltado ao adoçante ou etanol.

As baixas no mercado também repercutem a divulgação no fim da manhã de ontem da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). A produção de açúcar na segunda metade de setembro totalizou 3,36 milhões de toneladas.

Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/23, de 1,7 milhão de t, representa aumento de 98,02%, segundo dados da entidade. Além disso, uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights estimava uma produção de 3,22 milhões de toneladas de açúcar, 70% a mais que há um ano.

Paralelamente, o mercado do adoçante acompanha as informações cada vez mais fortes de que a Índia deva restringir as exportações de açúcar nesta safra que acabou de começar, após fracas chuvas de monções. As informações são da emissora ET Now.

MERCADO INTERNO

Os preços internos do açúcar tiveram alta acompanhando o exterior, mas agora se ajustam. No último dia 5 de outubro, o indicador Cepea testou o maior patamar nominal de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2003.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 156,87 a saca de 50 kg com baixa de 0,03%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,39 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,95 c/lb com baixa de 0,48%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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