Com alta do petróleo, mercado do açúcar fecha a semana com novos ganhos na Bolsa de NY
Na Bolsa de Nova York (Ice Futures US), os vencimentos futuros do açúcar finalizaram a sessão desta sexta-feira (16) com leves valorizações. Mercado está encerrando a semana com ganhos apoiados no câmbio e nos preços em alta do petróleo.
O contrato Julho/23 do açúcar tipo bruto finalizou com ganho de 0,43%, negociado em 26,43 cents/lbp. Já o vencimento Outubro/23 registrou incremento de 0,46% e fechou cotado em 26,09 cents/lbp, enquanto o contrato março/24 encerrou cotado em 25,83 cents/lbp com alta de 0,42%.
Já na Bolsa de Londres, as negociações fecharam o dia com fortes altas nos principais vencimentos. O preço futuro do contrato Agosto/23 do tipo branco encerrou o dia com avanço de 17,50% e cotado em US$ 702,50 a tonelada. O vencimento Outubro/23 registrou valorização de 14,10% e foi negociado em US$ 700,00 a tonelada.
Segundo as informações da Barchart, os preços em alta do petróleo impulsionaram os ganhos do açúcar tanto em Nova York quanto em Londres. “Preços mais altos do petróleo beneficiam os preços do etanol e podem levar as usinas de açúcar do mundo a desviar mais moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta de açúcar”, informou o Barchart.
Outro fator que contribuiu para os avanços nas cotações foi o câmbio, o real subiu na última quinta-feira (15) para uma alta de 1 ano em relação ao dólar. “Quanto mais forte o real desestimula a venda de exportação dos produtores de açúcar do Brasil”, destacou a Barchart.
Ainda de acordo com Barchart, os preços do açúcar também se sustentaram nas preocupações de que um padrão climático do El Niño possa interromper a produção global de açúcar. “Na quinta-feira passada, o Centro de Previsão do Clima dos EUA disse que as temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico equatorial subiram 0,5 grau Celsius acima do normal, e os padrões de vento mudaram a ponto de atender aos critérios do El Nino”, disse o Barchart.
Um padrão climático de El Nino normalmente traz fortes chuvas para o Brasil e seca para a Índia, impactando negativamente a produção de cana-de-açúcar. A última vez que o El Nino trouxe seca às safras de açúcar na Ásia foi em 2015 e 2016, o que fez com que os preços disparassem.
Mercado interno
No levantamento realizado pelo Cepea na última quinta-feira (15), o açúcar cristal está precificado em R$ 145,15 por saca e teve baixa de 1,94%.
Já no caso do açúcar Cristal Empacotado teve baixa de 0,30% e precificado em R$ 16,6079/ 5kg. O açúcar refinado amorfo ficou estável e está em torno de R$ 3,5251 por kg.