Açúcar: NY e Londres recuam nesta 3ª feira com realização de lucros e financeiro

Publicado em 16/05/2023 15:22 e atualizado em 16/05/2023 16:39
Raízen vai elevar moagem da safra 2023/24 em mais de 8%, para cerca de 80 milhões de toneladas

Os futuros do açúcar encerram esta terça-feira (16) com queda nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu pressão de um movimento de realização de lucros e financeiro. Além disso, a Raízen soltou estimativas da safra 2023/24.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,84% no dia, a 26,07 cents/lb, com máxima em 26,07 cents/lb e mínima de 26,01 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato recuou 0,27% no dia, a US$ 715,00 a tonelada.

Depois de alta leve na véspera, o mercado do açúcar sentiu nesta terça-feira pressão de um movimento de realização de lucros. O financeiro, com queda do petróleo, e valorização do dólar sobre o real, também pesaram aos preços do adoçante.

As oscilações do petróleo tendem a impactar nos preços dos combustíveis, o que impacta diretamente na decisão das usinas sobre o mix. Já o câmbio influencia diretamente nas exportações, pois encoraja ou desencoraja os embarques pelo país.

Em menor intensidade, também pesou sobre os preços do adoçante nas bolsas a  projeção da Raízen, maior empresa do setor de açúcar e etanol do Brasil, de elevar em mais de 8% a moagem de cana para cerca de 80 milhões de toneladas em 2023/24.

"A previsão anteriormente era fazer 79 milhões de toneladas, e fizemos 73,5 milhões por conta da seca, mas aproveitamos a lacuna para acelerar a reforma do canavial, o que no longo prazo é uma medida saudável para a companhia", disse o diretor financeiro da Raízen, Carlos Moura, em entrevista à Reuters.

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+ Raízen reafirma projeção de elevar moagem para 80 mi t em 2023/24

Outra notícia que mexeu no mercado nesta terça-feira foi a decisão da Petrobras, que colocará um fim na paridade internacional de preços do petróleo e derivados – como gasolina e diesel –, adotada desde 2016 pela companhia.

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+ Com fim da paridade internacional, preços da gasolina e diesel ao consumidor podem cair cerca de R$ 0,40/l, mas há preocupação com falta de clareza

Já as preocupações com a oferta seguem dando suporte aos preços do adoçante na véspera, principalmente por conta das safras menores do que o esperado na Ásia e preocupações de que um evento climático El Niño nos próximos meses.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar voltaram a cair no mercado interno, já que lotes da temporada 2023/24 começam a chegar ao mercado.

Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo que muitas usinas ainda priorizem a entrega do açúcar previamente contratado, alguns poucos lotes de cristal da nova temporada 2023/24 já começam a ser disponibilizados no mercado spot. Assim, compradores estão mais resistentes em pagar os altos preços pedidos por agentes de usinas.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 147,62 a saca de 50 kg com queda de 0,36%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 162,16 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 28,15 c/lb e alta de 0,26%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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