Açúcar fecha 4ª feira com altas de mais de 1,5% nas bolsas de NY e Londres

Publicado em 10/05/2023 15:52
Safras menores do que o esperado na Ásia e a preocupação com a logística brasileira dão suporte

Os contratos futuros do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres encerraram a sessão desta quarta-feira (10) com altas de mais de 1,5%. As safras menores do que o esperado, principalmente na Ásia, e a preocupação com a logística brasileira dão suporte.

No financeiro, o câmbio contribuiu para a valorização.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou alta de 1,79% no dia, a 26,66 cents/lb, com máxima em 26,74 cents/lb e mínima de 26,01 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 1,28% no dia, a US$ 718,20 a tonelada.

Depois de queda pela manhã, com movimento de realização de lucros pesando sobre os preços externos, o mercado do adoçante voltou a ter suporte das preocupações com a oferta diante de safras menores do que o esperado em países da Ásia, principalmente Índia e Tailândia.

A safra 2023/24 (dezembro-novembro) da Tailândia, que está entre os três maiores produtores globais, caminha para ser a segunda pior dos últimos 14 anos no país, próxima do patamar da temporada de 2009/10, totalizando 74 milhões de toneladas. No ciclo em andamento, 2022/23, a produção de cana deve ficar em cerca de 94 milhões de t.

Leia mais:

+ Tailândia caminha para ter em 2023/24 a segunda pior safra de cana do país em 14 anos

No Brasil, porém, as expectativas são positivas com a nova safra. Apesar de chuvas impactando os trabalhos de colheita e moagem neste início de temporada. O mercado também se preocupa com possíveis impactos na logística nos próximos meses.

"Com os fluxos de exportação da nova safra do Brasil sendo potencialmente limitados por restrições logísticas no segundo e terceiro trimestres devido à perspectiva de embarques recordes de grãos e uma possível ameaça de El Nino no final do ano, a perspectiva fundamental permanece favorável", disse o Rabobank.

No financeiro, esta tarde de quarta-feira era marcada por perdas de cerca de 1,5% do petróleo. Apesar disso, o dólar tinha queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities agrícolas.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar no mercado físico seguem em alta, próximos de R$ 150 a saca. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 149,08 a saca de 50 kg com queda de 0,05%.

Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento dos preços se deve ao atraso na produção, em decorrência das constantes chuvas ao longo de abril.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 161,37 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 28,04 c/lb e alta de 0,37%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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