Açúcar: Bolsa de NY encerra sessão desta 4ª feira próxima da estabilidade
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (03) próximas da estabilidade, mas com tendência de alta, apesar de seguirem em queda em Londres. O mercado acompanha fatores dos dois lados da tabela.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,12%, a 25,17 cents/lb, com máxima em 25,44 cents/lb e mínima de 24,88 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve queda de 0,87% no dia, a US$ 687,60 a tonelada.
Depois de testar máximas de 11 anos e meio nos últimos dias, o mercado do açúcar em Nova York chegou a recuar nesta quarta-feira com movimento de realização de lucros. Porém, a tendência de alta voltou a prevalecer.
Uma produção menor do que o esperado em importantes origens, como a Índia, Tailândia, China e União Europeia está em foco, enquanto a colheita no Brasil tem sentido impacto das chuvas. Essas notícias dão suporte.
Nesta semana, a StoneX revisou para cima a moagem da safra 2023/24, de 592,1 milhões de toneladas para 595,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, considerando melhores produtividades e uma alta na área plantada.
Com isso, a moagem na região deverá crescer 8,7% sobre a temporada anterior, segundo a consultoria, gerando uma maior oferta.
Em contrapartida, o mercado do adoçante acompanha outros fatores negativos, como do financeiro. O petróleo tinha queda de cerca de 4% nesta tarde antes de aumentos esperados nas taxas de juros nos Estados Unidos, segundo a Reuters.
A demanda também está no radar dos operadores de mercado. O Brasil, líder no comércio global, exportou 971,592 mil toneladas de açúcar em todo o mês de abril, ante 1,32 milhão de toneladas no mesmo mês do ano passado.
Por outro lado, o dólar tinha nesta tarde queda de cerca de 1% sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dar suporte aos preços.
MERCADO INTERNO
O mercado interno do açúcar tem registrado queda nos últimos dias, após disparada mesmo com o início da safra 2023/24 no Centro-Sul.
"O impulso veio de chuvas ao longo do mês em regiões paulistas produtoras de cana-de-açúcar, que dificultaram o transporte da cana das lavouras até as unidades de processamento, interromperam a produção e, consequentemente, reduziram a oferta do açúcar cristal branco em São Paulo", diz o Cepea.
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No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 146,01 a saca de 50 kg com baixa de 0,82%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 154,41 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,95 c/lb e queda de 1,52%.