Açúcar avança nas bolsas de NY e Londres nesta 5ª feira com suporte do financeiro
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (16) com alta leve registrada nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte do financeiro, além dos temores com a safra global, principalmente por conta da Índia.
Nos fundamentos, porém, há pressão que vem da safra do Centro-Sul do Brasil e da Tailândia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,25%, a 19,77 cents/lb, com máxima em 19,94 cents/lb e mínima de 19,62 cents/lb. Na Bolsa de Londres, o primeiro contrato teve alta de 0,28%, a US$ 567,60 a tonelada.
O mercado do açúcar chegou a subir mais forte do que o fechamento nesta quinta, mas reduziu ganhos com a desvalorização do petróleo. O adoçante teve suporte do câmbio, com desvalorização do dólar sobre o real.
Uma moeda estrangeira mais baixa tende a desencorajar as exportações, mas dá suporte aos preços das commodities.
Nos fundamentos, também há suporte ao mercado relacionado com as preocupações com a oferta no curto prazo, principalmente por conta dos impactos na safra indiana. O Brasil, porém, tem expectativas bastante positivas com a safra 2023/24 do Centro-Sul.
Os temores com a oferta global não são de agora. "Os preços do açúcar subiram acentuadamente no mês passado devido à preocupação com a menor produção global de açúcar, com o adoçante em NY registrando uma alta de mais de seis anos", diz.
MERCADO INTERNO
O mercado spot do açúcar tem avançado nas últimas semanas com entressafra no Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 134,35 a saca de 50 kg e alta de 0,23%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 143,75 a saca e alta de 1,72%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,62 c/lb e baixa de 0,87%.