Açúcar em NY despenca mais de 2,5% nesta 2ª após testar pico de 6 anos
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (06) com queda de mais de 2,5% na Bolsa de Nova York e recuo moderada em Londres. A pressão vem em ajustes após máximas de seis anos na última semana, além do financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu no dia 2,73%, a 20,66 cents/lb, com máxima em 21,37 cents/lb e mínima de 20,58 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve baixa de 0,59%, a US$ 552 a tonelada.
As preocupações com a safra 2022/23 da Índia ditaram as negociações nas bolsas externas nos últimos dias, tanto é que os preços testaram os níveis mais altos em seis anos, em meio preocupações com a oferta do segundo maior exportador.
Esta semana, porém, começou com desvalorização técnica sendo registrada nas bolsas de Nova York e Londres. Além disso, a Reuters destacou que o mercado está menos preocupado com a oferta do adoçante, principalmente do tipo branco.
No financeiro, o dia também foi de maior atenção ao câmbio. O dólar chegou a subir mais de 1% sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas em compensação pressiona as cotações das commodities nas bolsas.
Por outro lado, o petróleo operava em alta e limitava as perdas do adoçante.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado spot têm recuado mesmo durante a entressafra no Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, negociado a R$ 129,36 a saca de 50 kg e baixa de 1,67%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144 a saca e alta de 3,41%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,47 c/lb e baixa de 1,91%.