Açúcar bruto fecha 5ª abaixo de 20 cents/lb, mas testou máxima de quase 6 anos
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (15) com queda de mais de 1% nas bolsas de Nova York, apesar de operarem em alta durante a maior parte do dia. O terminal norte-americano, inclusive, testou máximas de quase seis anos.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,53% no dia, cotado a 19,98 cents/lb, com máxima de 20,73 cents/lb e mínima de 19,86 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve baixa de 1,77%, a US$ 545,00 a tonelada.
Os preços do açúcar viraram na finalização dos trabalhos desta quinta com pressão do financeiro, com o petróleo em queda de cerca de 1%, o que impacta todos os produtores de energia, além de valorização do dólar sobre o real e possível impacto nas exportações.
Além disso, houve algum movimento técnico com os preços sem forças para se sustentarem acima dos 20 cents/lb.
A alta no açúcar na maior parte do dia, inclusive com as máximas desde fevereiro de 2017 em Nova York, acompanhava principalmente as informações da Índia, segunda maior exportadora de açúcar do mundo, além da finalização da safra 2022/23 do Brasil.
"As usinas na Índia estão produzindo quase nenhum açúcar bruto no momento porque os brancos são atualmente mais lucrativos, deixando o mercado escasso em um momento em que o maior exportador Brasil está na entressafra", destacou a Reuters.
Também repercutiu no dia a informação de que a Índia tem considerado permitir exportações adicionais de açúcar depois de uma avaliação das lavouras.
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Ainda nos fundamentos, o mercado do açúcar também olha como suporte para os indicativos de que poucas usinas ainda devem moer açúcar nas próximas semanas no Brasil, ainda que os números da última quinzena de novembro tenham surpreendido os operadores.
De acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), no acumulado da safra, 175 unidades já tinham finalizado os trabalhos de moagem até o final de novembro.
A expectativa indica que 23 unidades ainda faltam encerrar os trabalhos nos primeiros quinze dias de dezembro. A demanda pelo açúcar brasileiro também continua aquecida e sendo monitorada positivamente pelos operadores de mercado.
MERCADO INTERNO
O açúcar no físico segue valorizado nesse momento de praticamente entressafra no país. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,12%, negociado a R$ 139,34 saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,09 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,71 c/lb e alta de 2,61%.