Com suporte do petróleo e demanda, açúcar salta mais de 1% em NY e Londres nesta 2ª

Publicado em 05/12/2022 12:23
Índia pode ter apenas 1 milhão de toneladas do adoçante para ser exportado dentro da cota atual, segundo operadores

As cotações futuras do açúcar operavam com altas de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres nesta tarde de segunda-feira (05). O mercado do adoçante tem suporte importante das oscilações do financeiro, além das informações sobre a demanda.

Por volta das 12h17 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha valorização de 1,13% no principal contrato na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), a 19,70 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco saltava 1,78%, a US$ 542,40 a tonelada.

O petróleo subia cerca de 1,5% nesta tarde segunda-feira e dava suporte ao açúcar nas bolsas externas.

Na reunião do final de semana, os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) mantiveram suas metas de produção estáveis ​​antes de uma proibição da União Europeia e um teto de preço do G7 que afetou o petróleo russo.

Além disso, há atenção para a demanda aquecida pelo adoçante e oferta cada vez menor nas origens.

De acordo com informações da agência de notícias Reuters, segundo negociadores, a Índia, segundo maior exportador mundial de açúcar depois do Brasil, pode ter apenas 1 milhão de toneladas de açúcar a ser exportado dentro da cota atual.

"Além disso, a produção de açúcar da Índia deve cair 7% este ano, já que as condições climáticas erráticas reduziram a produção de cana", destacou a agência de notícias com base no relato de agricultores, usinas e traders.

Também há relatos de impacto na colheita da Tailândia, outro importante exportador, por conta das chuvas.

No Brasil, as exportações de açúcar totalizaram 4,07 milhões de toneladas no último mês de novembro, 53% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e o maior volume embarcado em todo o ano. O faturamento foi de mais de R$ 1 bilhão.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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