Petróleo passa a subir nesta 2ª feira e açúcar vira na Bolsa de NY, mas ainda cai em Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram esta segunda-feira (28) com queda na Bolsa de Nova York, mas recuo em Londres. A pressão durou a maior parte do dia, após perdas vistas no petróleo. Porém, os preços viraram com informações sobre a próxima reunião da Opep+.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,26% no dia, cotado a 19,38 cents/lb, com máxima de 19,45 cents/lb e mínima de 19,05 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve baixa de 0,21%, a US$ 528,60 a tonelada.
Depois de recuarem mais de 3% em parte da manhã acompanhando as preocupações com a demanda, já que a China – maior importadora de petróleo do mundo – tem registrado manifestações contra a política de Covid-19 zero, os preços agora passaram a subir para o óleo.
O suporte acompanha a informação da Eurasia Group de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) está "seriamente estudando" um corte de produção na próxima semana. O açúcar, claro, virou nas bolsas acompanhando esses dados.
Os preços do petróleo impactam diretamente em todos os produtos de energia. Além disso, o dólar operava com leve queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities, mas em compensação dá suporte aos valores externos do adoçante.
Nos fundamentos, segue a atenção para as novas safras do Centro-Sul do Brasil e da Índia, que tendem a ser positivas.
Como elemento de pressão ao adoçante, porém, houve na semana passada a divulgação na véspera da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). A produção de açúcar na primeira metade de novembro no Centro-Sul totalizou 1,67 milhão de toneladas, uma alta de 162,19%.
No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 31,97 milhões de toneladas, frente às 31,87 milhões de toneladas do ciclo anterior (+0,29%).
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado spot trabalham acima de R$ 135 a saca em meio demanda aquecida e produção no Centro-Sul caminhando para a finalização.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,12%, negociado a R$ 135,54 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,54 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,08 c/lb com queda de 1,08%.