Açúcar recua em NY e Londres nesta 3ª feira após dados positivos da Unica em outubro
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (25) com queda leve nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado foi impactado pelos dados da Unica sobre a 1ª quinzena de outubro, além de dados positivos da Índia.
O mercado também acompanha as oscilações do financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,11%, cotado a 18,11 cents/lb, com máxima de 18,20 cents/lb e mínima de 18,06 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,36% no dia, a US$ 524,30 a tonelada.
O mercado do açúcar fechou o dia em baixo com repercussão dos dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) da primeira quinzena de outubro. A produção do adoçante totalizou 1,83 milhão de toneladas, um salto anual de 59,10%.
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O volume, porém, ficou abaixo da projeção da S&P Global Commodity Insights, de 1,95 milhão de toneladas, o tende a dar suporte aos preços.
"Assim como registrado na última quinzena, a operacionalização da colheita foi prejudicada na primeira metade de outubro devido a um regime de chuvas consistente nas regiões produtoras de cana-de-açúcar, com maiores índices pluviométricos registrados no Paraná, Mato Grosso do Sul e região abaixo do rio Tietê em São Paulo", disse a Unica.
Também há o monitoramento dos investidores nas informações climáticas sobre o Centro-Sul do Brasil, com melhores perspectivas para a safra do ano que vem, apesar de algum impacto das chuvas na finalização da moagem do ciclo atual.
O mercado também acompanha a Índia. A Associação Indiana de Usinas de Açúcar anunciou no início desta semana que prevê que a produção em 2022/23 aumentará 2%, para 36,5 milhões de toneladas, com alta de 5% na área cultivada de cana-de-açúcar.
A Índia é o segundo maior exportador de açúcar do mundo. Apesar disso, há atenção para um possível anúncio nos próximos dias pelo país de novas cotas de exportação.
O financeiro também era acompanhado, com alta leve do dólar sobre o real, que contribui para desvalorização do adoçante, apesar de alta do petróleo.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm oscilado entre ganhos e perdas nesses últimos dias. O Cepea destacou que a demanda aquecida tem dado suporte aos preços.
"A oferta, por outro lado, está ainda mais restrita, devido às chuvas, que têm dificultado a colheita e, consequentemente, a moagem de cana-de-açúcar", disse o centro.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,49%, negociado a R$ 127,83 a saca de 50 kg, após três dias seguidos de alta.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144,29 a saca com alta de 2,69%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,62 c/lb e desvalorização de 1,31%.