Monitorando exportação da Índia e produção do Brasil, mas sem novidades, açúcar tem dia de estabilidade
Os contratos futuros do açúcar tipo bruto encerraram as cotações desta segunda-feira (29) com estabilidade na Bolsa de Nova York. O principal vencimento teve queda de 0,16% e encerrou o dia cotado por 18,44 cents/lbp.
De acordo com análise do site internacional Barchart, sem novidades para o setor, o mercado do adoçante continua monitorando as exportações da Índia.
"O governo da Índia, em 5 de agosto, confirmou que permitiria mais 1,2 MMT de exportações de açúcar para o ano encerrado em 30 de setembro para ajudar as usinas de açúcar da Índia a não cumprirem os contratos de exportação. Isso estaria no topo da cota atual de 10 MMT para um total de 11,2 MMT de exportações de açúcar", destacou a publicação.
As cotações chegaram a operar com valorização durante o pregão, acompanhando a movimentação do petróleo e a desvalorização do dólar ante ao real, mas encerrou o dia com poucos ajustes. O petróleo avançou mais de 4% durante as negociações do adoçante, o que beneficia os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar do Brasil a desviar mais da moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta de açúcar.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou sobre 1ª quinzena de agosto no Centro-Sul com produção de 2,63 milhões de toneladas (-12,06%) e abaixo das expectativas. Apesar disso, o clima seco tem beneficiado os níveis de ATR.
No Brasil, em relação ao último dado de negociação, o açúcar cristal teve queda de 0,27% e encerrou valendo R$ 127,73 a saca de 50 quilos, de acordo com levantamento do Cepea.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 126,28 - com queda de 1,02%. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,61, com alta de 3,12%.