Açúcar recua mais de 2% em NY e Londres depois de atualização da Petrobras
Os contratos futuros do açúcar recuaram mais de 2% nas bolsas de Nova York e Londres nesta terça-feira (19). O mercado se posicionou ante temores sobre a demanda do adoçante depois de anúncio da Petrobras, além do financeiro e ajustes técnicos.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 2,94%, ficando cotado a 18,84 cents/lb, com máxima de 19,39 cents/lb e mínima de 18,80 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 2,62%, a US$ 539,60 a tonelada.
"A Petrobras cortou os preços da gasolina em suas refinarias em 4,9%, para R$ 2,86(US$ 0,72) por litro, o que pode reduzir a demanda de etanol no Brasil e é baixista para os preços do açúcar", disse o Barchart no dia.
Depois de alta nos últimos dias, o mercado do açúcar também sentiu alguma pressão de um movimento de realização de lucros. Além disso, o financeiro também pressionava as cotações, com queda do petróleo e valorização do dólar sobre o real.
O mercado do óleo recuava nas bolsas externas em meio às expectativas de que os estoques de petróleo dos Estados Unidos possam ter subido na semana passada, mas a oferta apertada e um dólar mais fraco reduziam as perdas.
Nos fundamentos, do lado altista, o mercado do adoçante ainda seguia as informações sobre as origens produtoras, com atenção para o avanço da safra do Centro-Sul do Brasil e a logística impactada na Índia.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar subiram forte na véspera com atenção para a demanda. Apesar disso, segundo o Cepea, as exportações de açúcar cristal voltaram a remunerar mais que as vendas no mercado spot paulista.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 2,57%, negociado a R$ 131,00 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 152,15 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,10 c/lb com queda de 2,87%.