Açúcar fecha 3ª feira com alta leve em NY, mas cai mais de 1% em Londres

Publicado em 21/06/2022 17:28
Como suporte, mercado acompanhou oscilações do petróleo e câmbio, além de informações do Brasil e Índia

As cotações futuras do açúcar finalizaram a sessão desta terça-feira (21) com alta leve na Bolsa de Nova York na retomada do feriado norte-americano, apesar de queda em Londres. O mercado acompanhou positivamente o financeiro, além de informações do Brasil e Índia.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,27% no dia, cotado a 18,78 cents/lb, com máxima de 19,11 cents/lb e mínima de 18,70 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato recuou 1,03%, a US$ 559,60 a tonelada.

Depois de não operar na véspera por conta de um feriado nos EUA, o mercado do açúcar retomou os negócios na Bolsa de Nova York com valorização leve. Já em Londres, após alta na véspera, o dia foi de queda nos preços externos do adoçante com movimento de realização de lucros.

O suporte no terminal norte-americano acompanhou o financeiro predominantemente, com valorização expressiva do petróleo relacionada com melhores expectativas com a demanda e oferta limitada, além do câmbio, com desvalorização do dólar sobre o real.

Além das questões no campo, o mix das usinas também é definido com base nesses indicadores, já que há opção de produção de açúcar ou etanol pelas usinas do Centro-Sul do Brasil.

Do Brasil, o mercado ainda acompanha as movimentações relacionadas aos combustíveis em tramitação no Congresso Nacional. Além disso, há o avanço da produção do Centro-Sul do Brasil na segunda quinzena de maio, mas já pairam preocupações com a qualidade da safra.

A Copersucar do Brasil, maior comerciante de açúcar do mundo, disse ao mercado no dia que acredita que os futuros de açúcar bruto na Bolsa de Nova York fiquem nos próximos meses entre 18 e 20 cents/lb. Na visão da entidade as perspectivas globais de oferta e demanda continuarão sustentadas.

Além disso, como fator de suporte, a Índia anunciou que irá impor um teto às exportações de açúcar na próxima temporada, que começa em outubro, para 6 a 7 milhões de toneladas. Nesta safra, o segundo maior produtor do mundo, já anunciou restrição.

De acordo com a agência de notícias Reuters, na visão de operadores, o Paquistão pode ser uma alternativa para o espaço que será deixado pela Índia no mercado global do adoçante.

MERCADO INTERNO

O avanço da safra brasileira 2022/23 de cana-de-açúcar tem contribuído para perdas no mercado interno do adoçante. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,28%, a R$ 126,33 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 152,19 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,54 c/lb e alta de 0,75%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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