Açúcar dispara nesta tarde de 2ª e Londres testa máximas de mais de 5 anos
Os contratos futuros do açúcar tinham alta expressiva nesta tarde de segunda-feira (06) nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado acompanha as preocupações com a limitação das exportações indianas, segundo maior produtor global.
O financeiro também continua no radar dos operadores.
Por volta das 12h17 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha valorização de 1,61% na Bolsa de Nova York, cotado a 19,60 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco tinha alta de 2,98%, a US$ 595,30 a tonelada.
O açúcar do tipo branco em Londres avançava mais forte do que o bruto, atingindo máximas de mais de cinco anos no terminal, de acordo com a agência de notícias Reuters. O principal motivo é a limitação indiana de exportações.
O país definiu para a safra atual 10 milhões de toneladas a serem embarcados e esse limite está próximo.
"Os primeiros indícios são de que o novo sistema (indiano) de aquisição de 'permissão para exportar' (açúcar) é lento e oneroso. Como consequência, achamos que as exportações podem não atingir os 10 milhões de toneladas permitidos", disse a corretora Marex Spectron.
Além disso, o mercado também olha a maior disponibilização de cana da safra 2022/23 do Centro-Sul para a fabricação de etanol ao invés do açúcar. Isso tende a reduzir a oferta do adoçante no mercado interno e para exportação.
"O Brasil provavelmente continuará favorecendo a produção de etanol sobre o açúcar no curto prazo, com os preços da energia permanecendo altos", destacou a agência de notícias Reuters nesta segunda-feira.
O financeiro ainda é monitorado, com queda leve do petróleo, além de valorização do dólar sobre o real.