Açúcar avança nesta 4ª feira nas bolsas de NY e Londres com suporte do petróleo

Publicado em 01/06/2022 14:47 e atualizado em 02/06/2022 11:47
Informações sobre a safra brasileira e anúncio nos EUA também contribuíram para movimentação

Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (1º) com alta nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado encontrou suporte do petróleo, além de informações sobre as origens e dos Estados Unidos.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York saltou 0,21%, a 19,44 cents/lb, com máxima de 19,68 cents/lb e mínima de 19,28 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou  1,01%, a US$ 578,10 a tonelada.

O açúcar passou a subir no final da manhã e seguiu até o fechamento com suporte do petróleo, que tinha ganhos de cerca de 2% em meio proibição ao óleo russo pela União Europeia e o fim dos bloqueios da Covid-19 em Xangai.

"O clima no mercado de petróleo parece estar ficando cada vez mais otimista", disse à Reuters Norbert Rucker, analista da Julius Baer. "O embargo da Europa e a reabertura parcial da China estão alimentando os temores de oferta e elevando os preços do petróleo".

As oscilações do óleo são fundamentais para as usinas definirem o mix. Com o óleo mais alto, a gasolina também sobe e o etanol, substitutivo e usado na mistura, tende a ser mais demandado, reduzindo a oferta de açúcar.

Ainda no financeiro, como fator de pressão, o dólar subia sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços.

O dia também foi de atenção para o anúncio de que os Estados Unidos podem aumentar o mandatório de etanol retroativamente de 2021 no país para 13,9 bilhões de galões para se alinhar ao consumo.

Nos fundamentos, no Brasil, o mercado acompanha o avanço mais forte da safra do Centro-Sul, elevando a oferta disponível, mas os trabalhos ainda estão aquém do que nos últimos anos. Além disso, há atenção para a Índia.

No país asiático, as usinas de açúcar devem produzir um recorde de 35,2 milhões de toneladas na temporada atual que vai até setembro de 2022. Apesar disso, o governo estabeleceu uma limitação para as exportações do país.

"Esperamos que os preços do açúcar fiquem sob pressão nos próximos meses à medida que a produção global aumenta e os preços mais baixos do petróleo provavelmente tornarão menos atraentes à produção de etanol", disse a Wisdom Tree em nota.

MERCADO INTERNO

O avanço da safra brasileira tem pressionado o mercado interno, mas ainda há repiques com baixa liquidez. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,18%, negociado a R$ 130,92 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,02 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,53 c/lb e queda de 1,05%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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