Mesmo sem NY, açúcar branco dispara e fecha 2ª com alta de mais de 1% em Londres
Os futuros do açúcar branco subiram forte nesta segunda-feira (30) na Bolsa de Londres, mesmo sem referência de Nova York, fechada por conta do Memorial Day. O foco foi para o petróleo e menor oferta, com processamento mais voltado ao etanol.
O principal vencimento do açúcar branco em Londres saltou 1,22%, a US$ 574,70 a tonelada.
Estendendo os ganhos da última sessão, o mercado de açúcar neste início de semana esteve atento para a valorização do petróleo antes da reunião da União Europeia, que pode anunciar novas sanções à Rússia, inclusive para o óleo.
"O cenário macro continua mudando e isso determinará o quanto a demanda por petróleo melhorará nos próximos 12 meses", disse à Reuters Edward Moya, analista sênior de mercado da OANDA.
Além disso, há muita atenção do mercado para a destinação maior de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil para a produção de etanol ao invés do adoçante, justamente pelo cenário favorável no setor de energia.
Negociantes também associaram a valorização ao anúncio na semana passada de que a Índia, segundo maior produtor global, colocou restrições à exportação de açúcar pela primeira vez em seis anos, para 10 milhões de toneladas.
"Achamos que o anúncio indiano pode ter sido um dos motivos que levaram os preços do branco a dar um salto extra para cima", disse a corretora Marex em relatório.
MERCADO INTERNO
Com o processamento da safra brasileira ganhando ritmo, o mercado de açúcar segue perdendo forças no spot, após preços históricos durante a entressafra.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,59%, negociado a R$ 130,02 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,02 a saca com alta de 0,60%, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,75 c/lb e avanço de 0,35%.