Açúcar: USDA projeta safra global 22/23 cerca de 1% mais alta, em 182,89 mi de t

Publicado em 27/05/2022 12:06
Consumo mundial de açúcar no ciclo 2022/23 deve saltar 1,90% para um recorde de 178,84 milhões de t, segundo entidade norte-americana

A produção global de açúcar na safra 2022/23 deve subir 0,94% ante o ciclo anterior, para 182,89 milhões de toneladas, segundo estimativa divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês).

O avanço na safra do adoçante deve ter suporte de melhores resultados no Brasil, China e Rússia, compensando a queda na Índia e na Ucrânia.

O consumo mundial de açúcar no ciclo 2022/23 deve saltar 1,90%, de acordo com a entidade norte-americana, para um recorde de 178,84 milhões de t, com crescimento da demanda em países com a China, a Índia, a Indonésia e a Rússia.

As exportações devem recuar 1,42% no ciclo, para 63,35 milhões de t. Os estoques mundiais são previstos com queda de 7,25% de um ciclo para o outro, a 45,36 milhões de t.

PRINCIPAIS ORIGENS

A safra 2022/23 (abril-março) do Brasil foi estimada pelo USDA em 36,37 milhões de t, cerca de 1 milhão de t acima do que no ciclo anterior, acompanhando melhores condições climáticas. A área colhida deve cair com migração para soja e milho.

O mix de produção açúcar/etanol é esperado permanecer inalterado em relação à temporada anterior com 45% de açúcar e 55% de etanol.

"O atual conflito na Ucrânia não trouxe impactos significativos para a safra atual de cana-de-açúcar, uma vez que compras e uso de fertilizantes ocorreram antes", destacou no relatório o USDA.

O consumo do adoçante pelo Brasil deve permanecer inalterado em 9,80 milhões de t. A exportação foi elevada de 25,65 milhões de t no ciclo anterior, para 26,62 milhões de t. As importações foram projetadas em 5,70 milhões de t.

A Índia, segundo maior produtor de açúcar do mundo, deve ter sua safra reduzida para 35,80 milhões de t, sobre 36,88 milhões de t. O consumo é apontado em 29,50 milhões de t, com 500 mil t acima do ciclo anterior. As exportações devem ter um salto de 1 milhão de t, para 11 milhões de t e as importações são estimadas em 5,70 milhões de t.

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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