Açúcar recua na Bolsa de NY nesta tarde de 5ª feira, mas sobe em Londres
Os contratos futuros do açúcar tinham queda moderada nesta tarde de quinta-feira (26), mas subiam levemente em Londres. O mercado estende as perdas da véspera no terminal norte-americano com foco no avanço da safra do Centro-Sul do Brasil.
Por volta das 12h47 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha desvalorização de 0,66% na Bolsa de Nova York, cotado a 19,55 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco tinha valorização de 0,18%, a US$ 564,90 a tonelada.
O açúcar recua em Nova York ainda está atento para as informações sobre o avanço da safra do Centro-Sul do Brasil. Apesar disso, dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apontaram ontem que os trabalhos estão abaixo que em anos anteriores.
A produção de açúcar nos primeiros 15 dias de maio totalizou 1,67 milhão de toneladas (-30,10%), dentro do esperado. No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 2,74 milhões de toneladas, frente às 4,54 milhões de toneladas do ciclo anterior (-39,76%), de acordo com os dados da união dos produtores.
Ainda sobre a safra brasileira, as usinas cana devem favorecer a produção de etanol na temporada 2022/23 ao invés do açúcar por conta da alta nos preços de energia. A elevação nos preços dos CBios tem intensificado essa tendência por parte das usinas.
Outra informação altista que chamou bastante a atenção dos operadores na véspera foi a restrição das exportações da Índia para 10 milhões de toneladas. Essa foi a primeira restrição em seis anos, segundo a agência de notícias Reuters.
No financeiro, por outro lado, o mercado acompanha a valorização do petróleo. Além disso, o dólar recua sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços.