Hub Conecta Sucroenergético reuniu empresas do setor e startups em 35 rodadas de negócios
O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), promoveu mais um Hub Conecta, desta vez voltado para o setor sucroenergético. O evento on-line e gratuito conectou sete grandes empresas do segmento, atuantes em Minas Gerais, a startups em 35 rodadas de negócios, durante a manhã desta terça-feira (24/05).
A missão do encontro foi oferecer soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelos produtores de açúcar, biocombustíveis, dentre outros derivados da cana. Também foram parceiros na realização a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), o NovoAgro Ventures e a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig).
Durante a abertura, o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, ressaltou a vocação do Hub MG Agro em associar empreendedores diversos em prol de interesses coletivos. “Nós sabemos que, das demandas apresentadas pelo setor, a conectividade é de suma importância e que precisamos avançar. Mas acreditamos, também, que já existem soluções eficientes para esses desafios”, explica.
No mesmo sentido, o superintendente de Inovação e Tecnologia da Sede, Pedro Emboava, lembrou o modo de fazer da atual gestão do Governo de Minas. “A gente tem a certeza de que só a geração de renda e empregos fará com que o nosso estado continue se desenvolvendo. Cada vez mais, com o aumento da competitividade, a única maneira de nossas empresas continuarem crescendo a médio e longo prazos é por meio da tecnologia. Por isso, queremos construir, junto com vocês, esta economia mineira do futuro”, avalia.
Demandas
O programa Hub MG Agro é fruto da sinergia entre Seapa, Sede, Faemg, UFV e NovoAgro Ventures, com o objetivo de auxiliar médias e grandes empresas do agronegócio em Minas na busca por soluções tecnológicas para desafios coletivos. Um braço da iniciativa é o Hub Conecta, evento que alia conhecimento científico a rodadas de negócios, realizadas entre as instituições privadas e as startups. Cada reunião acontece em sala privada e dura cerca de 20 minutos.
Nesta última edição, participaram as empresas BP Bunge Bioenergia, Delta Sucroenergia S/A, Bevap Central Energética, Agropéu Agroindustrial S/A, Destilaria Vale do Paracatu Agroenergia, Coruripe e CanaCampo. Durante a mobilização das instituições, desempenhada com o apoio da Siamig, os empresários relataram enfrentar desafios ligados à conectividade no campo, à digitalização e automação das lavouras e aos sistemas de prevenção, aviso e combate aos incêndios nas plantações.
De acordo com o presidente da Siamig, Mário Campos, o setor tradicional vem passando por profundas transformações nos últimos anos. "Estamos em um mundo onde as questões ambientais, sociais e de governança nos trazem a necessidade de trabalhar com dados e gestão dos produtos. Precisamos ter condições de quantificar os dados desde o início da cadeia, em que plantamos a cana-de-açúcar, até o processo final, de produção e uso do biocombustível. E precisamos de ter condição para melhorar esses dados. Então, a conexão é muito importante para todos", afirma.
Setor em Minas
Minas Gerais é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar no Brasil, responsável por 10% da produção do país, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para a safra de 2022/2023, a estimativa é de 67 milhões de toneladas produzidas, valor 4,3% superior ao do período anterior. Com uma redução de 0,4% na área plantada, o aumento da produtividade, por sua vez, foi de 5,2%.
O setor sucroalcooleiro é também relevante na pauta exportadora mineira. De acordo com o Ministério da Economia, o Complexo Sucroalcooleiro atingiu a marca de R$ 1,5 bilhão, com 3,6 milhões de toneladas embarcadas em 2021. Os produtos mais exportados tiveram alta na receita durante o último ano: açúcar (+5,3%); álcool (+52%) e demais açúcares (+8,6%). Os principais mercados compradores foram China, Bangladesh, Nigéria, Marrocos e Argélia.