Açúcar avança em NY e Londres nesta 5ª com suporte do petróleo e câmbio

Publicado em 12/05/2022 17:56 e atualizado em 13/05/2022 08:58
Pressão relacionada com avanço da safra no Centro-Sul do Brasil, além de outras origens

As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (12) com alta expressiva a moderada. O mercado teve suporte do petróleo e câmbio, apesar de seguir atenção para a safra do Centro-Sul do Brasil e outras origens produtoras.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,49%, cotado a 18,64 cents/lb, com máxima de 18,71 cents/lb e mínima de 18,30 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 1,15%, negociado a US$ 520,90 a tonelada.

O dia foi de oscilação dos dois lados da tabela para o mercado do açúcar. A alta, porém, acabou prevalecendo no mercado diante do avanço expressivo do petróleo, além das oscilações no câmbio. O óleo é essencial para o mix das usinas.

Já as oscilações do dólar impactam diretamente nas exportações das commodities.

Do lado negativo, os preços sentiram pressão com ajustes técnicos ante as altas recentes. O range entre 18-18,50 cents/lb parece estar sendo consolidado pelo mercado. Além disso, há atenção para o avanço mais firme da safra brasileira.

"A safra nova, que começa a ganhar um volume mais significativo de produção e oferta da disponibilidade de açúcar, começa a ganhar pressão sobre o ativo em Nova York de forma mais evidente", disse Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado.

A produção no Centro-Sul nos últimos 15 dias de abril recuou 38,7% ante o ano passado, para 934 mil toneladas, disse a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) na véspera, mas ficou acima da estimativa da pesquisa da S&P Global de 769,4 mil toneladas.

Até o final de abril, 180 unidades operaram frente a 207 unidades no mesmo período do ciclo 2021/2022. Para a primeira quinzena de maio, outras 57 unidades devem iniciar a moagem no Centro-Sul.

Além disso, no cenário global, as expectativas são de elevação com boas safras na Índia e Tailândia.

MERCADO INTERNO

O avanço da safra 2022/23 do Centro-Sul segue dando pressão ao mercado do açúcar no Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,04, negociado a R$ 132,78 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,84 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,73 c/lb com alta de 0,48%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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