Açúcar avança mais de 2% em NY com petróleo nesta 6ª, apesar expectativas com oferta
As cotações futuras do açúcar encerraram o pregão desta sexta-feira (06) com altas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte do petróleo, mas segue atenção baixista para a safra asiática e a do Centro-Sul do Brasil.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York ficou estável, cotado a 18,78 cents/lb, com máxima de 18,88 cents/lb e mínima de 18,61 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 1,04%, negociado a US$ 522,30 a tonelada.
Na semana, o primeiro vencimento no terminal norte-americano subiu 1,64%.
O mercado do açúcar teve suporte do petróleo nesta sexta-feira e voltou a testar os 19 cents/lb no terminal norte-americano. O óleo avançava forte nesta tarde em meio preocupações com a oferta do óleo com as possíveis sanções da Europa.
As usinas do Centro-Sul acompanham as oscilações do óleo para o mix.
"O iminente embargo da UE ao petróleo russo tem como resultado um aperto agudo na oferta. De qualquer forma, a Opep+ não está disposta a ajudar, mesmo com a alta dos preços da energia estimulando níveis prejudiciais de inflação", disse à Reuters o analista da PVM, Stephen Brennock.
Ainda no financeiro, por outro lado, o câmbio limitava as altas nos preços externos do adoçante, com novo dia de avanço da moeda estrangeira sobre o real.
"Negociantes citaram boas compras nesses níveis de preços, mas acrescentaram que, com o fortalecimento do dólar e poucas notícias frescas sobre os fundamentos, é improvável que o açúcar tenha ganhos significativos", disse a Reuters.
Como fator de pressão, ainda há a atenção dos operadores para a safra indiana e tailandesa 2021/22 que deverá ser expressiva, elevando a oferta no mundo do adoçante. A Centro-Sul do Brasil também já avança melhor.
As usinas indianas assinaram contratos para exportar de 8,2 milhões a 8,3 milhões de toneladas de açúcar no ano corrente sem subsídios do governo.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm recuado no mercado brasileiro nos últimos dias com o avanço da safra brasileira 2022/23. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, recuou 0,58%, negociado a R$ 133,43 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,18 a saca, na estabilidade, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,88 c/lb com alta de 0,85%.