Com petróleo e baixa no início de safra do Centro-Sul, açúcar dispara em NY e Londres

Publicado em 28/04/2022 12:56
Produção do adoçante totalizou 126,63 mil toneladas (-79,99%) na 1ª quinzena de abril, aponta Unica

As cotações futuras do açúcar operavam com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado tem suporte do petróleo, além de produção bem abaixo do ano anterior do adoçante no Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de abril

Por volta das 12h43 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha alta de 1,90% na Bolsa de Nova York, cotado a 19,26 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco tinha valorização de 0,92%, a US$ 528,30 a tonelada.

O mercado do adoçante recuava pela manhã, mas acabou virando e tem altas expressivas nesta tarde com suporte do petróleo, que avança quase 2%. Além disso, há o acompanhamento das informações sobre o início de safra no Brasil.

A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de abril foi de 5,19 milhões de toneladas frente a 16,67 milhões da safra 2021/2022 (-66,87%).

Já a produção de açúcar e etanol, em linha com a diminuição de moagem, totalizou 126,63 mil toneladas (-79,99%) e 397,53 milhões de litros (-45,96%) no período, respectivamente. Os números confirmam o atraso da moagem na nova temporada.

Na véspera, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe o primeiro levantamento da safra 2022/23 de cana, com moagem no Brasil de 596,1 milhões de toneladas, um aumento de 1,9%. O mercado esperava números maiores.

O país, no entanto, deverá produzir 40,2 milhões de toneladas de açúcar nesta safra, incremento de 14,9% em comparação com o ciclo anterior.

Também segue atenção para outras origens. A safra indiana 2021/22 deverá ser expressiva, mas já pairam temores no mercado sobre uma queda no ciclo 2022/23, que começará no segundo semestre. Os Estados Unidos também devem ter queda.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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