Petróleo despenca e pesa sobre açúcar em NY e Londres nesta tarde de 3ª feira
Os contratos futuros do açúcar tinham perdas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres nesta tarde de terça-feira (19). O mercado do adoçante sente pressão do petróleo, além de acompanhar dados positivos sobre a Índia, importante player global.
Por volta das 12h01 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha queda de 2,57% na Bolsa de Nova York, cotado a 19,69 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco tinha desvalorização de 1,82%, a US$ 539,70 a tonelada.
O mercado de açúcar recua forte nas bolsas de Nova York e Londres com pressão do petróleo, que despenca mais de 4% nesta tarde em meio preocupações com a demanda. As oscilações do óleo são essenciais para a decisão do mix das usinas.
Também repercute a informação de que as usinas indianas assinaram contratos para exportar até 8 milhões de toneladas de açúcar em 2021/22 sem subsídios do governo, segundo a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA, na sigla em inglês).
Para embarques nesse patamar, o país espera produzir neste ciclo 32,9 milhões de t, sobre 29,2 milhões de t no ano passado. A Índia fica apenas atrás do Brasil na produção e exportação do adoçante.
Já a safra brasileira segue no radar positivamente. A temporada do Centro-Sul do Brasil está atrasada ante a anterior, segundo fontes ouvidas do setor. A esperança é que a cana ganhe mais tempo para recuperar o desenvolvimento fisiológico.