Açúcar fecha sessão desta 4ª feira com queda leve nas bolsas de NY e Londres
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (06) com perdas leves nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi de pressão com o petróleo, além de movimento de realização de lucros ante a véspera e foco nas origens.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,31%, cotado a 19,59 cents/lb, com máxima de 19,76 cents/lb e mínima de 19,45 cents/lb. Em Londres, o primeiro vencimento recuou 0,19%, negociado a US$ 534,90 a tonelada.
O mercado do açúcar recuou nesta quarta-feira com pressão de fatores diversos. Tecnicamente, houve pressão com um movimento de realização de lucros ante a alta da sessão anterior. Além disso, no financeiro, o petróleo também teve reflexos.
O óleo chegou a cair cerca de 4% nesta tarde em meio ao fortalecimento do dólar e crescentes preocupações com o coronavírus, com possíveis impactos para a demanda. As oscilações do petróleo são essenciais para a definição do mix das usinas.
Ainda no financeiro, o dólar tinha alta expressiva sobre o real nesta tarde de quarta, após recuar expressivamente nos últimos dias. A moeda estrangeira mais valorizada tende a pressionar os preços das commodities brasileiras, pois encoraja as exportações.
“A moeda perdeu algum terreno depois de atingir uma alta de 25 meses no início desta semana”, destacou a agência de notícias Reuters.
Nos fundamentos, o cenário também é baixista com otimismo pela safra brasileira 2022/23 do Centro-Sul, que começou neste mês de abril. A colheita nas origens asiáticas também apresentou bons resultados, principalmente na Índia e Tailândia.
"As ofertas dos principais produtores, Índia e Tailândia, estão melhorando dia a dia e devem permanecer altas na próxima temporada", reportou a Reuters. A Tailândia deve produzir 10 milhões de toneladas de açúcar em 2021/22, um aumento de 33%, disse um grupo de usinas tailandesas.
"O Brasil também poderá ter uma produção melhor de cana-de-açúcar este ano, mas o real em alta implica que a maior parte do refino será para etanol e não para açúcar", destacou o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
MERCADO INTERNO
Os baixos estoques de açúcar na entressafra dão suporte para os avanços do açúcar no mercado brasileiro, que segue acima de R$ 140 a sacva. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,29%, negociado a R$ 143,23 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,38 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,79 c/lb com alta de 0,20%.