Açúcar encerra 2ª no campo misto na Bolsa de Nova York, apesar de alta do petróleo
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (07) próximas da estabilidade nas bolsas de Nova York e Londres, reduzindo ganhos mais expressivos testados durante a manhã. O foco seguiu no petróleo, mas também ajustes técnicos após máximas de dezembro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,41%, cotado a US$ 19,27 c/lb, com máxima de 19,89 c/lb e mínima de 19,22 c/lb, mas ficou em leve alta nos outros contratos. Em Londres, o primeiro vencimento do adoçante subiu 0,19%, negociado a US$ 533,30 a tonelada.
O mercado do adoçante fechou sem tendência definida depois de atingir máximas desde meados de dezembro na bolsa de Nova York, quase em US$ 20 c/lb, o mercado sentiu pressão com movimento técnico, apesar de ainda trabalhar no positivo em alguns contratos.
O petróleo tinha alta entre 3% e 4% próximo da finalização dos trabalhos nas bolsas do açúcar em meio risco de uma proibição dos Estados Unidos e da Europa ao óleo russo e atrasos nas negociações iranianas, o que poderia elevar a oferta global do óleo.
"O aumento dos preços da energia pode levar as usinas de cana do maior produtor brasileiro a desviar a produção de cana-de-açúcar para etanol", destacou a agência de notícias Reuters.
Como fator de pressão, há a safra mais positiva nas origens produtoras, como Brasil, além dos resultados de produtividade com a colheita que avança bem na Ásia dão suporte aos preços do açúcar no internacional.
Porém, já há temores no mercado em relação a área de cana nas próximas safras com a tensão entre Rússia e Ucrânia.
"O aumento dos preços do trigo e outros grãos causará uma perda de área de cana este ano em muitos países, incluindo o Brasil, disse, já que o plantio é desviado da cana para grãos", disse a Reuters nesta segunda-feira sobre o mercado.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar ainda operam ao redor de R$ 130 a saca no mercado brasileiro. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 1,74%, negociado a R$ 135,30 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 152,97 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,42 c/lb - estável.