Açúcar tem queda moderada na primeira sessão de 2022 com foco no financeiro
Os contratos futuros do açúcar recuaram moderadamente nesta segunda-feira (03), primeira sessão de 2022, na Bolsa de Nova York. O mercado do adoçante oscilou entre perdas e ganhos no dia com foco no financeiro, além de seguir dados da Índia.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,74%, cotado a US$ 18,74 c/lb, com máxima de 19,01 c/lb e mínima de 18,68 c/lb. Em Londres, a bolsa não funcionou nesta segunda-feira por conta das festas de final de ano.
O mercado do açúcar inicia o ano focado nas informações do financeiro. Pela manhã, os preços acompanhavam a queda do petróleo. Porém, o óleo passou a subir levemente neste início de tarde com melhores expectativas da demanda.
As oscilações do óleo no cenário internacional ditam a decisão das usinas sobre o mix que será adotado na safra, já que impactam na gasolina e também na competitividade do etanol.
Ainda assim, o mercado do adoçante fechou em baixa acompanhando as oscilações do dólar sobre o real, o que tende a encorajar as exportações, mas pesa sobre os preços externos das commodities, incluindo o mercado do açúcar.
Nos fundamentos, ainda como fator de baixa, o mercado acompanha a alta na produção indiana de açúcar entre outubro e dezembro, com 11,56 milhões de toneladas, segundo uma associação industrial nesta segunda-feira (3).
A Índia é o segundo maior produtor mundial de açúcar.
A demanda também está no radar do mercado. "Algumas lojas e restaurantes estão fechando nos EUA. No entanto, os efeitos da nova variante foram relatados como leves, então os temores foram menores", disse a Price Futures Group em nota.
O Brasil exportou 1,94 milhão de toneladas de açúcares e melaços em todo o mês de dezembro com receita acumulada de US$ 725,47 milhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, nesta segunda-feira (03).
Os embarques no último mês ante o mesmo período caíram mais de 30% e em receita recuaram 15%.
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MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar se mantém ao redor de R$ 155 a saca no Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou estável, negociado a R$ 154,83 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 150,63 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,49 c/lb com queda de 1,68%.