Petróleo salta quase 2% nesta tarde e dá suporte para açúcar nesta 5ª
Os contratos futuros do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres subiram levemente nesta quinta-feira (02). O suporte veio novamente do petróleo, além de correção com movimento de ajuste de posições e acompanhamento do câmbio.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,11%, cotado a US$ 18,62 c/lb, com máxima de 18,78 c/lb e mínima de 18,46 c/lb. Em Londres, o tipo branco teve desvalorização de 0,10%, negociado a US$ 484,70 a tonelada.
Nesta quinta-feira, próximo do fechamento do açúcar, o petróleo subia quase 2% no internacional com movimento corretivo, além de repercussão com a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
"Eles (Opep) pensaram que poderiam fazer mais mal do que bem, interromper os aumentos de produção, e que isso poderia enviar um sinal ao mercado de que a destruição da demanda estimada era real", disse à Reuters Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group.
Ainda no financeiro, o mercado do adoçante também teve suporte da desvalorização do dólar sobre o real em parte do dia, o que tende a desencorajar as exportações, mas em compensação dá suporte aos preços externos da commodity.
Também houve alguma valorização relacionada com ajuste de posições ante as baixas recentes. O mercado do açúcar chegou a testar mínimas de dois meses no dia em meio aos temores persistentes com a nova variante da Covid-19.
"Os negociantes disseram que o açúcar não deve subir apesar dos fundamentos positivos, porque o mercado continua fixado pela variante ômicron e tem semanas de espera antes do surgimento de dados sobre a escala da ameaça que representa para a saúde global", pontuou a Reuters.
No cenário internacional, o dia também foi de repercussão baixista aos preços com a divulgação da Índia, que produziu 4,72 milhões de toneladas de açúcar entre outubro e novembro, quase 10% a mais do que há um ano.
Já o Brasil, maior player mundial do mercado, exportou 2,67 milhões de toneladas de açúcar em novembro, contra 2,9 milhões de toneladas no mesmo mês do ano passado, segundo dados oficiais checados pela Reuters.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado brasileiro voltaram a subir nesta semana com oferta escassa. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,34%, negociado a R$ 154,79 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 152,09 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,17 c/lb - estável.