Açúcar fecha em queda moderada nesta 2ª com câmbio e temores com demanda
Os futuros do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres encerraram a sessão desta segunda-feira (29) com queda moderada. O mercado acompanhou as oscilações do câmbio durante o dia, além das preocupações com a demanda relacionadas com a Covid-19.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,83%, cotado a US$ 19,19 c/lb, com máxima de 19,66 c/lb e mínima de 19,66 c/lb. Em Londres, o tipo branco teve desvalorização de 0,74%, negociado a US$ 497,70 a tonelada.
Depois de alta expressiva pela manhã acompanhando o petróleo, os futuros do adoçante acabaram fechando o dia em queda nas bolsas externas em meio movimentos técnicos, além da pressão do câmbio, com o dólar se valorizando sobre o real nesta segunda.
Um dólar mais alto tende a encorajar as exportações, mas em compensação pesa sobre os preços externos. Ainda no financeiro, o mercado tem algum suporte no dia atrelado com a valorização do petróleo em movimento corretivo ante a última sessão.
Além disso, os temores com a demanda também ainda rondam o mercado do adoçante. Os mercados externos ficaram assustados na última sexta-feira em meio aos temores causados pela nova variante da Covid-19 detectada na África do Sul.
"O petróleo bruto e o açúcar foram atingidos por ideias de demanda mais fraca, causada por relatos de novos bloqueios na Europa, com o retorno da Covid por lá e uma nova variante descoberta na África", disse analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Ainda nos fundamentos, os operadores seguem atentos para as informações da nova safra do Brasil em meio temores com o clima adverso. Além disso, há atenção para as origens asiáticas que estão com a safra em andamento neste momento.
"A probabilidade crescente do La Niña (fenômeno climático) pesa sobre a produção do próximo ano (do Brasil). As exportações (da Índia) devem permanecer lentas (em comparação com os anos anteriores, quando o subsídio à exportação ainda existia", disse o Citi.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar seguem valorizados no Brasil acompanhando a oferta limitada. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,14%, negociado a R$ 154,05 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 152,09 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,75 c/lb - estável.
ETANOL
O Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve desvalorização de 3,31% na última semana, a R$ 3,5351 o litro, enquanto que o anidro caiu 5,95%, a R$ 4,1122 o litro.