Preço do açúcar cristal tem quedas pontuais no BR, mas segue próximo do recorde nominal
Os preços do açúcar cristal no mercado brasileiro tiveram baixas pontuais ao longo desta semana, oscilando entre R$ 154 e 153 a saca de 50 kg, segundo o Indicador Cepea/Esalq. Ainda assim, nesses níveis, o mercado segue próximo do recorde nominal.
A sustentação dos preços acompanha o cenário de oferta apertada da safra 2021/22 no país, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP). Além disso, as baixas acompanham negociações volumosas pontuais entre comprador e vendedor.
"No geral, muitas usinas paulistas encerraram a moagem de cana-de-açúcar em outubro, e, até o final de novembro, praticamente todas as unidades devem encerrar suas atividades", disse o centro.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,01%, negociado a R$ 153,47 a saca de 50 kg. O índice recuou em todos os dias desta semana, com 0,64% na segunda e 0,62% na última terça-feira e preço quase estável ontem.
O preço ainda segue perto do recorde nominal da série histórica do Cepea, registrado na sexta-feira (12), a R$ 155,73 a saca.
BOLSA DE LONDRES
As cotações futuras do açúcar encerraram esta quinta-feira (25) próximas da estabilidade, mas com tendência de alta. Sem Nova York, principal referência de negócio fechada por conta do Dia de Ação de Graças, o mercado oscilou tecnicamente, com financeiro e safra do Brasil.
O açúcar branco no terminal londrino no primeiro vencimento ficou estável, a US$ 511,20 a tonelada. Os outros contratos tiveram alta entre US$ 20 a US$ 120 a tonelada.
O mercado do adoçante no exterior segue tendo suporte com as preocupações relacionadas com a safra do Brasil. Além disso, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) trouxe na quarta-feira uma nova queda de produção quinzenal do adoçante no Centro-Sul do país.
A fabricação de açúcar atingiu 625,6 mil toneladas, ante 1,24 milhão de toneladas verificadas em igual período do ano anterior.
"A probabilidade crescente do La Niña (fenômeno climático) pesa sobre a produção do próximo ano (do Brasil). As exportações (da Índia) devem permanecer lentas (em comparação com os anos anteriores, quando o subsídio à exportação ainda existia", disse o Citi.
O banco revisou o preço médio do açúcar para 2022 de US$ 19,5 para 20,3 c/lb, citando o aperto persistente do mercado ao longo da safra de 2022/23.