Cosan do Brasil se junta a fundo de tecnologia climático dos EUA e olha para startups

Publicado em 07/10/2021 08:45

NOVA YORK, 6 de outubro (Reuters) - A empresa brasileira de energia Cosan SA ingressou no Fifth Wall Climate Tech Fund, com sede nos Estados Unidos, como investidora e parceira, em um negócio que também lhe dá acesso preferencial a investimentos em startups que desenvolvem soluções de baixo carbono.

A Cosan é uma das maiores corporações do Brasil, controlando a distribuidora de gás natural número 1 do país, a Comgas, e fazendo parceria com a Royal Dutch Shell Plc na joint venture Raízen, maior produtora mundial de açúcar e líder na produção de etanol.

“Estamos olhando para o retorno do próprio fundo, como um investidor, mas o mais importante é ter exposição a empresas que estão transformando a maneira como a sociedade vive”, disse à Reuters o presidente-executivo da Cosan, Luis Henrique Guimarães.

A Fifth Wall é uma empresa de capital de risco focada em tecnologia para o setor imobiliário. Seu fundo de tecnologia climática investe em soluções para descarbonizar o setor imobiliário, que responde por cerca de 40% das emissões globais de carbono.

As empresas não divulgaram o valor que a Cosan investiu no fundo, que já arrecadou R$ 140 milhões e tem meta de chegar a R$ 500 milhões. Outros investidores incluem Acadia Realty Trust, Azora, BNP Paribas Real Estate, British Land, CBRE e Cushman & Wakefield.

Guimarães disse que haverá reuniões mensais com o Fifth Wall para discutir o pipeline de oportunidades de investimento.

Ele disse que a empresa está interessada em tecnologias disruptivas na área de combustível, maior eficiência energética, captura de carbono e armazenamento de energia.

“Vamos aprender à medida que avançamos, estamos começando aos poucos, mas (os investimentos) podem ser escalonáveis”, disse ele.

O cofundador e presidente-executivo da Fifth Wall, Brendan Wallace, disse que a Cosan é o primeiro investidor de seu fundo de tecnologia climática proveniente do setor de energia, uma área para a qual a empresa pretende se expandir.

Reportagem de Marcelo Teixeira; edição por Richard Pullin

Fonte: Reuters

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