Depois de semana positiva, açúcar fecha 6ª com quedas de mais de 1% em NY e Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (24) com perdas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante sentiu impacto do câmbio, ajustes, além de expectativas relacionadas com a safra da Índia que será iniciada em outubro.
O principal contrato do açúcar bruto perdeu no dia 1,77%, negociado a US$ 19,93, c/lb na Bolsa de Nova York. Enquanto que em Londres, o tipo branco registrou desvalorização de 1,52%, a US$ 504,30 a tonelada.
Na semana, o adoçante ainda acumulou alta de 1,74%.
Após subir forte nos últimos dias, reconquistando os US$ 20 c/lb, inclusive com altas de mais de 1% na véspera, o mercado do açúcar já começou a sessão desta sexta com perdas em movimento de realização de lucros, mas que foram ampliadas com o câmbio e expectativas com a Índia.
Nesta tarde, o dólar comercial subia mais de 0,50% sobre o real brasileiro. A moeda estrangeira mais forte tende a impactar diretamente nas exportações das commodities brasileiras, mas pesa sobre os preços externos. Ainda no financeiro, por outro lado, o petróleo avançava.
Além disso, nos fundamentos, as expectativas com a safra da Índia, que começará agora no mês de outubro, também ajudam a pressionar os preços. A safra do Brasil, que está em finalização, deu suporte importante ao mercado nos últimos meses com impacto climático.
Apesar de expectativas de alta produção na Índia, os preços internos no país estão mais competitivos.
“Os revendedores disseram que o mercado pode subir no curto prazo, com a produção continuando a decepcionar no maior produtor, o Brasil. Eles também mencionaram que as exportações da Índia, um importante produtor, estão diminuindo à medida que o mercado interno se recupera”, reportou a Reuters.
O mercado acompanhava os temores com a demanda global, principalmente por conta dos altos fretes marítimos. O cenário mudou, porém, nesta semana com um salto no line-up de açúcar do Brasil para os próximos dias.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar seguem firmes no mercado brasileiro em meio oferta escassa. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 1,15%, a R$ 145,46 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 136,26 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado a US$ 20,30 c/lb e alta de 0,83%.