Quebra na safra de cana do BR é consenso, só falta definição dos números, diz Itaú BBA

Publicado em 10/05/2021 11:15 e atualizado em 10/05/2021 18:33
Áreas produtoras de cana no Centro-Sul do país enfrentam seca histórica neste ano; previsões não apontam mudanças para os próximos dias

A safra 2021/22 de cana-de-açúcar no Brasil, fortemente impactada pela estiagem em áreas produtoras do país, deverá ter quebra ante a temporada anterior, o que já é consenso entre os principais players envolvidos no mercado. Agora, só falta a definição dos números na temporada, segundo relatório do Itaú BBA.

"A incerteza agora gira em torno do quanto a seca 2020 e as chuvas abaixo da média em 2021 impactarão na produtividade final da cana. As estimativas variam entre 590-530 milhões de toneladas de cana, com queda de 15 a 75 milhões de toneladas de cana comparado com a safra anterior", destaca a consultoria.

A menor safra de cana-de-açúcar no Brasil deve impactar na produção de seus derivados, açúcar e etanol. "Para os próximos meses, será importante acompanhar o desenvolvimento da cana, pois com a maximização da produção de açúcar o balanço de O&D de etanol já está apertado e poderá ficar ainda pior", pontua o Itaú BBA.

Áreas produtoras de cana no Centro-Sul do país enfrentam seca histórica neste ano, além de acumularem os reflexos de 2020. Além disso, a previsão do tempo não aponta muitas mudanças para os próximos dias. Por outro lado, um cenário de tempo mais firme favorece o ATR e, com as usinas operando em ritmo mais lento, contribui para o mix de açúcar.

"Com o início do outono, são esperados volumes baixos de chuvas no cinturão canavieiro favorecendo a colheita. Porém, com a irregularidade das chuvas realizadas, a produtividade pode continuar sendo impactada em algumas regiões caso não chova nos próximos meses", destaca o Itaú BBA.

Os preços no mercado deverão continuar acompanhando todo esse cenário no mercado brasileiro, com grandes volumes já fixados, além de um balanço de oferta e demanda global apertado em 2020/21 (outubro-setembro). "... são os componentes ativos no mercado e na nossa visão farão os preços seguirem firmes", pontua a consultoria.

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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