Açúcar salta quase 3% nesta 5ª feira e retoma níveis de março na Bolsa de NY
Os futuros do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres testaram ganhos de quase 3% na sessão desta quinta-feira (15), retomando os níveis de negócios do mês de março. O mercado acompanhou no dia preocupações com menor oferta global em meio dados positivos da demanda.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York fechou o dia com valorização de 2,71%, cotado a US$ 16,31 c/lb, com máxima de 16,31 c/lb e mínima de 15,87 c/lb. O tipo branco em Londres registrou alta de 2,86%, negociado a US$ 456,40 a tonelada.
Pela terceira sessão consecutiva, as cotações do açúcar no terminal norte-americano registraram avanço, retomando os patamares de negócios do mês de março no terminal externo. O dia foi marcado por preocupações relacionadas com a oferta, apesar da demanda aquecida.
"A compra de fundos está elevando os preços do açúcar devido à preocupação da redução da produção global de açúcar", disse em nota a consultoria Barchart. Uma das preocupações é com o Brasil, que apresenta índices insuficientes de chuva para um bom desenvolvimento das lavouras de cana no Centro-Sul.
Line-up de açúcar do Brasil registrou elevação, além de dados altos de exportação da Índia - Foto: Unica
O mercado também segue a recente divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) de que as usinas do Centro-Sul do Brasil produziram 23% a menos de açúcar na segunda quinzena de março no comparativo anual. O número é reflexo de um início de safra lento.
Além disso, nesta semana, a França, maior produtora de açúcar da União Europeia, anunciou que a safra de beterraba sacarina recém-plantada do país deve ter perdas de até 50 mil hectares, a pior já registrada na história do país. Também houve danos em outras culturas do país, como pomares de frutas.
O dia também foi de novidades do lado da demanda, contribuindo para os altos patamares do adoçante. O line-up de açúcar do Brasil, programação de embarques pelos portos, registrava 1,36 milhão de toneladas na semana até o dia 14 de abril, sobre 881,10 mil t na semana anterior, com 35 navios programados.
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Após escassez de contêineres, a Índia, segunda maior produtora e uma das maiores exportadoras de açúcar do mundo, registrou volume recorde de embarques no último mês de março, com 1,2 milhão de toneladas, segundo dados levantados pela trading inglesa Czarnikow. Na temporada 2020/21 (outubro-setembro), os embarques 3,8 milhões de t.
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Mercado interno
Ganhos seguiram sendo registrados no mercado interno do açúcar na quarta-feira. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,59%, a R$ 106,29 a saca de 50 kg.
Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 114,01 a saca, segundo dados da Datagro.
O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 17,25 c/lb, com valorização de 2,67% sobre o dia anterior.