Petróleo e câmbio dão suporte para altas expressivas do açúcar nesta 3ª feira
O mercado do açúcar encerrou a sessão desta terça-feira (06) com ganhos expressivos nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado pelas altas do petróleo no cenário internacional, além de valorização do real ante o dólar contribuindo para o suporte.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York encerrou o dia com valorização de 2,16%, cotado a US$ 15,16 c/lb, com máxima de 15,21 c/lb e mínima de 14,79 c/lb. O tipo branco em Londres subiu 1,72%, negociado a US$ 425,90 a tonelada.
Com a alta no dia, as cotações do adoçante testaram máximas de cerca de uma semana em Nova York neste pregão do açúcar bruto. A força do petróleo no cenário internacional e a valorização do real brasileiro contribuíram para a elevação dos preços.
"O petróleo bruto chegou a ter alta de 3% hoje, o que é positivo para os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar do Brasil a desviar maior moagem da cana para a produção do biocombustível em vez de açúcar, e reduzir o fornecimento", disse a Barchart.
Além do financeiro, mercado monitora condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil - Foto: Reuters
Por volta das 15h30 (horário de Brasília), o dólar recuava 1,29% ante o real, cotado a R$ 5,5924. Enquanto os dois tipos do petróleo saltavam mais de 1%, ambos em cerca de US$ 60 o barril diante de fortes dados econômicos da China e dos Estados Unidos no dia.
Paralelamente, o mercado também monitora as condições climáticas para o desenvolvimento da safra 2021/22 que começou a ser moída no Centro-Sul do Brasil. A previsão de chuvas bastante irregulares nos próximos dias no cinturão produtor do país.
Por outro lado, seguem as atenções nas softs commodities para a demanda, com uma chamada terceira onda de contaminações da Covid-19 na Europa, apesar dos esforços de vacinação em todo o mundo. Apesar disso, dados positivos no dia já apontam maior apetite pelo adoçante.
Mercado interno
A semana começou com leves ganhos no mercado doméstico do açúcar, apesar de início da moagem da nova safra. Levantamento do Cepea indica que, até a primeira quinzena de abril, 73 usinas já deverão estar em operação em São Paulo, e até o final do mês, serão 106 usinas paulistas.
O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,19%, a R$ 104,95 a saca de 50 kg.
Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 112,10 a saca, segundo dados da Datagro.
O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 16,19 c/lb, com alta de 0,84% sobre o dia anterior.