Previsão de menos chuva no Brasil dá suporte para açúcar em NY nesta 2ª

Publicado em 05/04/2021 15:28
Mercado do adoçante retomou ganhos no terminal externo nesta sessão, após quatro pregões consecutivos no vermelho

​As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira (05) com alta moderada na Bolsa de Nova York, depois de quatro sessões seguidas no vermelho. O mercado teve suporte das preocupações com a previsão de menores volumes de chuva no cinturão do Brasil.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York encerrou o dia com valorização de 0,88%, cotado a US$ 14,84 c/lb, com máxima no dia de 14,96 c/lb e mínima de 14,69 c/lb.

A atualização neste início da semana dos modelos meteorológicos, com a previsão de menores volumes de chuvas para áreas de cana-de açúcar e outras culturas do Centro-Sul do Brasil deu suporte para os preços do adoçante no terminal externo. Além disso, houve atenção ao dólar.

"As previsões de chuvas limitadas nas áreas de cultivo de açúcar do Brasil geraram algumas vendas nos contratos futuros de açúcar", disse em nota a consultoria Barchart.

Veja mais:
» Modelos meteorológicos mudam nas últimas 24 horas e reduzem chuvas em grande parte do país como, Sul, Sudeste e Centro-Oeste


Apesar de alta no dia, mercado de commodities segue atento para movimentos da demanda - Foto: Unica

O dólar operava com queda de cerca de 0,70% sobre o real nesta tarde, cotado a R$ 5,6627. A moeda brasileira mais valorizada em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity porque o país é um grande exportador de açúcar e as transações são feitas em dólar.

Por outro lado, o dia foi marcado por perdas expressivas do petróleo com o aumento da oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados (Opep+), além de seguirem as preocupações no mercado de commodities com a demanda.

"Os preços do açúcar continuam a ser prejudicados pelas preocupações com a demanda, já que uma terceira onda da Covid na Europa levou França, Alemanha e Itália a ampliar suas medidas de restrição à pandemia, o que reduzirá o crescimento econômico e a demanda por commodities", disse a Barchart.

O terminal londrino para o açúcar refinado não funcionou nesta segunda-feira por conta do Easter Monday, comemorado no Reino Unido.

Mercado interno

A última quinta-feira foi marcada no mercado interno do açúcar por leve variação positiva. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,58%, a R$ 104,75 a saca de 50 kg.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 112,10 a saca, segundo dados da Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 16,06 c/lb, com queda de 0,39% sobre o dia anterior.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP) destacou que o último mês de março foi marcado por baixa demanda no mercado físico de açúcar com a proximidade da nova safra neste mês de abril.

"No que se refere à oferta, os agentes das usinas continuaram limitando o volume disponível, mas algumas vendas a preços mais baixos foram registradas em volumes maiores", complementou o centro.

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» Março termina com baixa demanda de açúcar no mercado brasileiro e foco na próxima safra

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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