Souza deixa presidência da Copersucar, será substituído por João Roberto Teixeira

Publicado em 01/12/2018 08:43

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente-executivo da brasileira Copersucar, uma das maiores empresas de açúcar e etanol do mundo, Paulo Roberto de Souza, está deixando o cargo, informou a empresa nesta sexta-feira.

A Copersucar, parceira da Cargill na maior trading de açúcar do mundo, a Alvean, disse que Souza está saindo por motivos pessoais.

Segundo a empresa, João Roberto Teixeira, que liderou o banco Votorantim por vários anos, será o novo presidente executivo a partir de segunda-feira.

Souza comandou a Copersucar por nove anos e foi uma pessoa chave por trás do acordo com a Cargill para criar a Alvean.

A Copersucar registrou receita líquida de 28,6 bilhões de reais na safra 2017/18, segundo informação do site da empresa, que comercializou no período 4,5 milhões de toneladas de açúcar e 4,3 bilhões de litros de etanol.

Venda de gasolina em outubro cai 13,75% com perda de mercado para etanol, diz ANP

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas de gasolina no Brasil em outubro caíram 13,75 por cento ante o mesmo mês do ano passado, para cerca de 3,05 milhões de metros cúbicos, o menor nível dos últimos cinco anos pelo sétimo mês consecutivo, em meio a uma perda de competitividade nas bombas para o etanol hidratado desde abril.

O volume, entretanto, apresentou alta de 5,52 por cento ante setembro, conforme boletim mensal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O mercado fraco de gasolina tem se refletido nas importações da Petrobras, que reduziu o ritmo de compras externas do combustível, disse uma fonte da empresa à Reuters.

Em outubro, segundo a ANP, o volume total de importações de gasolina A pelo país apresentou variação negativa de 72,81 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. Já em relação ao mês anterior, o volume de importações caiu 8,64 por cento em outubro.

No mês passado, disse a ANP, houve queda da participação da gasolina no consumo total do Ciclo Otto pelo sétimo mês consecutivo, para 53,73 por cento, enquanto a parcela do etanol hidratado representou 46,27 por cento.

Nesse cenário, as vendas de etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, em outubro, cresceram 47,71 por cento ante o mesmo mês do ano passado e avançaram 12,94 por cento em relação a setembro, para 2 milhões de metros cúbicos.

"O contínuo aumento na demanda do biocombustível está relacionado ao efeito substituição do etanol hidratado em relação à gasolina C, em razão dos preços mais competitivos do biocombustível vis-à-vis ao combustível fóssil", disse a ANP em seu boletim.

As usinas, por sua vez, foram estimuladas a produzir mais etanol nesta safra, uma vez que os preços dos açúcar no mercado internacional estavam relativamente baixos.

Já as vendas de diesel, por sua vez, em outubro, cresceram 2,99 por cento ante o mesmo mês de 2017 e avançaram 5,95 por cento em comparação a setembro, para 5,06 milhões de metros cúbicos.

Petrobras eleva em 2,2% preço da gasolina na refinaria, 1ª alta desde setembro

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras anunciou nesta sexta-feira um aumento de 2,2 por cento no preço médio da gasolina vendida em suas refinarias, para 1,5339 real por litro, a partir de sábado, na primeira alta realizada pela estatal para o combustível desde meados de setembro.

O aumento na cotação da gasolina ocorre em meio a uma alta do dólar frente ao real de 3,58 por cento em novembro, que encarece importações. Os ganhos da moeda ocorreram após dois meses consecutivos de retração.

A política de preços da Petrobras leva em consideração o câmbio e também os preços do petróleo no mercado internacional, além de outros fatores.

O petróleo Brent, por sua vez, registrou queda de mais de 20 por cento em novembro, com a oferta global superando a demanda.

A gasolina da Petrobras acumulou recuo de quase 20 por cento no mês, sendo vendida nas refinarias na maior parte da semana a 1,5007 real por litro, menor nível desde 17 de fevereiro.

O repasse dos reajustes ao consumidores, no entanto, não tem ocorrido na mesma proporção.

Em novembro, os preços da gasolina nos postos recuaram apenas cerca de 4 por cento, segundo dados da ANP divulgados nesta sexta-feira.

O valor médio nos postos do Brasil caiu cerca de 1 por cento na semana.

Na terça-feira, a ANP apontou que os repasses de cortes nos preços da gasolina das distribuidoras aos consumidores têm ficado inferiores às reduções implementadas pela Petrobras em suas refinarias e cobrou explicações.

O preço final depende de distribuidores, revendedores, impostos, além da mistura obrigatória de etanol anidro na composição da gasolina vendida nos postos.

Fonte: Reuters

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