Previsão de safra 18/19 em Alagoas é de 15 milhões de toneladas de cana
A normalidade do regime pluviométrico em Alagoas gera uma expectativa de melhora positiva na safra de cana 18/19. A previsão do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL) é de que a produção seja superior a 15 milhões de toneladas de cana processadas no estado.
A pouco mais de dois meses para iniciar a safra, o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, acredita em um volume de produção maior do que os últimos ciclos em Alagoas.“Estamos vivendo uma expectativa de safra maior do que a anterior, quando chegamos a processar 13 milhões de toneladas de cana. Alagoas sofreu de forma inédita um déficit pluviométrico que ocasionou em sucessivas reduções da safra. A atual normalidade do regime hídrico estabiliza esse decréscimo. Estamos apostando num acréscimo de produção, que ainda deve ser melhor quantificado”, explica Nogueira.
Apesar da melhora na produção, Alagoas ainda vai passar por um processo de recuperação, que deve se estender em até três novos ciclos. São esperadas 19 unidades industriais em funcionamento para a safra 18/19.“Nós temos uma produção média histórica de 25 milhões de toneladas de cana por ano safra e nos últimos três ciclos, devido ao déficit pluviométrico, sofremos sucessivas reduções de produção. Na safra 17/18, chegamos a processar 13 milhões de toneladas de cana, o que chega a uma redução de quase 50%”, ressalta o presidente do Sindaçúcar-AL.
RenovaBio
Com a implantação do programa de biocombustíveis prevista para janeiro de 2019, Nogueira acrescenta que a próxima safra pode dar início para Alagoas se habilitar aos moldes do programa. “Temos a necessidade de implantar o programa já a partir de 2019, mas para que ele funcione depende de um volume de produção. Esse calendário de testes enfrenta a realidade do sistema produtivo. E, para isso, é necessário acelerar a oferta de etanol e melhorar a remuneração. Mas o que é importante do RenovaBio é que ele consiga alavancar as próximas safras”, atenta Pedro Robério Nogueira.