Safra de cana do Centro-sul do Brasil deve cair para 580 mi t em 2018/19, diz Conab

Publicado em 03/05/2018 10:33

SÃO PAULO (Reuters) - A safra de cana-de-açúcar do Centro-sul do Brasil em 2018/19 deve cair para 580 milhões de toneladas, contra 588 milhões na temporada anterior, devido à redução na área plantada e uma estagnação na produtividade da cana, informou a estatal Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em relatório nesta quinta-feira.

Em sua primeira projeção para a nova safra de cana, a Conab informou que a região líder em produção de açúcar no mundo deve produzir 32,8 milhões de toneladas do adoçante em 2018/19, ante 35,3 milhões de toneladas no ciclo anterior, conforme as usinas direcionam mais cana para a produção de etanol.

(Por Marcelo Teixeira)

Conab prevê nova queda do açúcar e aumento do etanol para safra 2018/19

A melhoria na qualidade da cana-de-açúcar motivou o aumento de 1,4% na produção total de etanol, que deverá chegar a 28,16 bilhões de litros, de acordo com o 1º Levantamento da Safra 2018/2019, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quinta-feira (3). Outro motivo da opção pelo combustível seria a queda dos preços do açúcar no mercado internacional.

No caso do etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, o aumento é de 7% em sua produção, devendo chegar a 11,86 bilhões de l, com elevação justificada pelo maior consumo de gasolina que vem persistindo nos últimos anos. Já a produção de etanol hidratado, que é o próprio álcool biocombustível, deverá ser de 16,3 bilhões de l, com uma queda de 2,3% (380,38 milhões de l). Como consequência do aumento do etanol, a produção de açúcar deverá ficar em 35,48 milhões de t, ou seja, uma retração de 6,3%, em comparação à safra 2017/18 (37,87 milhões de t).

A produção total de cana-de-açúcar está atualmente estimada em 625,96 milhões de toneladas, demonstrando uma redução de 1,2% em relação à safra 2017/18, que fechou em 633,26 milhões de t. A área colhida está estimada em 8,61 milhões de hectares, com queda de 1,3%. A devolução de terras arrendadas e rescisão de contratos com fornecedores também contribuíram para a manutenção dos índices de queda já sinalizados no fechamento da safra anterior.

Fonte: Reuters + Conab

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