UNICA aprova novas metas para o uso de biocombustíveis avançados nos EUA
Anunciada nesta semana pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), a nova regulamentação estabelece que em 2016 serão misturados 68,54 bilhões de litros de combustíveis renováveis à gasolina em território americano. Deste total, segundo mandato do Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS, em inglês), cerca de 13,6 bilhões de litros serão exclusivamente de biocombustíveis avançados.
Nesta quota, o etanol de cana e ‘outros avançados’ (diesel renovável, biogás, bioquerosene etc) terão uma participação de cerca de 2 bilhões de litros. A expectativa da EPA é que os EUA importem cerca de 756 milhões de litros do biocombustível brasileiro no próximo ano.
Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), essa meta para a categoria ‘outros avançados’, que exclui o celulósico e o biodiesel, é positiva, pois apresenta um acréscimo de cerca de 136 mil litros frente à proposta da EPA apresentada em junho deste ano, um aumento de aproximadamente 7% em relação aos volumes propostos anteriormente.
A presidente da entidade, Elizabeth Farina, acredita que a nova regulamentação seja um passo importante em direção a um ambiente mais limpo e saudável nos transportes. E que o setor sucroenergético brasileiro está pronto para garantir o suprimento de volumes ainda maiores do biocombustível mais avançado disponível nas Américas.
“Esta decisão deixa as portas do mercado americano abertas para o o etanol brasileiro, um dos combustíveis mais limpos e comercialmente viáveis existentes", afirma a executiva.
De acordo com as últimas estimativas da UNICA, em 2015 o Brasil deverá elevar em 7% a sua produção interna de etanol em relação ao ano passado, o que representa um adicional de quase 2 bilhões de litros. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o País exportou mais de 683 milhões de litros do produto para os EUA. No mesmo período de 2014, o volume importado pelos americanos ficou abaixo dos 639 milhões de litros.
De 2012 a 2014, o derivado da cana-de-açúcar brasileira representou aproximadamente 13% dos biocombustíveis avançados misturados à gasolina nos Estados Unidos.
"Os EUA e o Brasil estão construindo um próspero mercado de biocombustíveis, proporcionando benefícios econômicos, sociais e ambientais. A decisão da EPA mantém estas conquistas, incentivando a produção de combustíveis de baixo carbono", concluiu Farina.