Cana: moagem no centro-sul é estimada entre 470 e 490 mi de toneladas

Publicado em 04/06/2012 18:22
Em estimativa para a moagem da cane no centro-sul do Brasil no ciclo 2012/2013, o Deutsche Bank Securities apontou na última segunda-feira (04), um volume entre 470 milhões e 490 milhões de toneladas, projeção abaixo da divulgada pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).
Ainda no início de abril, a associação apontou que a moagem de cana na região ficará em 509 milhões de toneladas na atual temporada, conta as 493,2 milhões de toneladas de 2011/2012. 
Em relatório ao mercado, os analistas do banco alemão declaram: "visitamos os canaviais e conversamos com muitos participantes da indústria, e parece ser um consenso entre eles de que a colheita não atingirá as 509 milhões de toneladas que a Unica esta projetando".
Se a estimativa for concretizada, o centro-sul do Brasil poderá registrar uma nova queda no volume moído, sendo a segunda consecutiva depois de 11 anos de crescimento. A colheita também poderá ser a menor desde a safra de 2007/2008.
Segundo o banco, a possibilidade de ocorrência de El Niño no final deste ano tende a afetar a temporada chuvosa, que poderá ser antecipada. "Com isso, parte da cana seria deixada nos campos para ser colhida na próxima temporada de colheita, reduzindo ainda mais os números de moagem", acrescenta.
Sobre o replantio de cana, os alemães apontam que está em torno de 13 por cento ante o total cultivado. "Deve levar até 2016 para que a idade dos canaviais seja normalizada, mesmo com uma taxa maior de replantio à frente". 
Por: Juliana Ibanhes
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Açúcar encerra 6ªfeira pressionado por avanço do dólar, mas acumula alta de até 5,4% na semana
Preços futuros do açúcar ampliam perdas na tarde desta sexta-feira (30)
Preços do açúcar abrem esta sexta-feira (30) com baixas em Nova York e Londres
OIA prevê déficit global de açúcar de 3,58 mi t em 2024/25
Açúcar chega a máximas de seis semanas após nova alta em NY e Londres
Canoeste: Setor ainda levanta perdas nos canaviais e avalia fundo de apoio de R$ 110 mi do governo de SP