Depois de pregão volátil, soja e trigo fecham semana no misto
A alta vista hoje foi reflexo de uma tentativa de recuperação depois de forte baixa de ontem e também, no caso da soja, da presença mais constante da China no mercado norte-americano. Entre terça e quinta-feira, os chineses compraram mais de 1 milhão de toneladas da oleaginosa dos EUA e hoje o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de mais de 100 mil toneladas para a nação asiática.
Porém, essa demanda chinesa, segundo a opinião de analistas, já estava precificada e por conta disso já não dão tanto suporte ao mercado como se esperava. Frente a isso, o mercado de grãos volta a sucumbir aos problemas financeiros vividos pela Europa.
A situação da crise na Zona do Euro se agrava a cada dia frente a tantas indefinições no mercado financeiro. A grande preocupação dos agentes é a falta de consenso entre os líderes europeus para chegarem, ao menos, a um plano concreto de ajuda aos países que precisam com mais urgência. Além disso, algumas nações já exibem níveis de taxas de juros insustentáveis, fato que também assusta o mercado.
Porém, como explicou o analista de mercado Vinícus Ito, de Nova York, agora não é só a Europa que preocupa o cenário financeiro, mas os Estados Unidos também. A economia norte-americana ainda necessita da aprovação de um aumento do teto da dívida para conseguir honrar seus compromissos financeiros.