Céleres mantém previsão de safra de soja do Brasil em 68,1 mi t

Publicado em 11/01/2011 06:15 e atualizado em 11/01/2011 07:48

A previsão de safra de soja do Brasil 2010/11 foi mantida nesta segunda-feira pela consultoria Céleres em 68,12 milhões de toneladas, de acordo com relatório da empresa.

A manutenção da previsão em relação ao levantamento divulgado em dezembro indica que o país poderá colher uma safra ligeiramente abaixo do recorde registrado na temporada passada, segundo a consultoria.

Na safra 2009/10, o Brasil colheu 68,5 milhões de toneladas, de acordo com a Céleres.

"Mesmo com o atraso inicial nos trabalhos de plantio da soja, especialmente na região Centro-Oeste, estima-se que área cultivada na safra 2010/11 baterá um novo recorde, superando o volume de área semeada na safra 2004/05 (23,5 milhões hectares)", afirmou a consultoria.

Em meio a bons preços, o plantio de soja do Brasil crescerá para 23,7 milhões de hectares, alta de 1,6 por cento ante 09/10, quando o Brasil contou com excelentes condições climáticas, segundo a Céleres.

A consultoria, entretanto, indicou preocupação com o sul do Rio Grande do Sul, devido a um veranico que ocorre na região.

O sul gaúcho não é uma região muito representativa para a produção de soja do Estado, que concentra a grande maioria das lavouras ao norte.

Os trabalhos de semeadura da soja no Brasil foram concluídos "praticamente em linha com o mesmo período do ano anterior", notou a Céleres.

Em Mato Grosso, alguns produtores já iniciaram a colheita, informou o Imea na sexta-feira.
 
VENDAS

Levantamento da Céleres aponta que 42 por cento da safra 10/11 foi comercializada antecipadamente, ante 40 por cento da semana anterior e contra apenas 24 por cento registrado na mesma época do ano passado.

Na média de cinco anos, o índice é de 33 por cento.

Produtores aproveitaram os bons preços internacionais para comprometer uma parcela maior de sua safra.

Os preços da soja na bolsa de Chicago têm sido sustentados, entre outros fatores, por preocupações com a seca na Argentina, terceiro produtor global após Estados Unidos e Brasil, respectivamente.

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Fonte: Reuters

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