Grãos esboçam recuperação e registram fortes altas na CBOT

Publicado em 18/11/2010 08:35 e atualizado em 18/11/2010 13:29
Depois das significativas quedas registradas nos últimos dias, a quinta-feira parece ser de recuperação para os grãos negociados na Bolsa de Chicago.

A soja é influenciada pelas notícias vindas da Irlanda anunciando que o país aceitará o dinheiro do FMI ou da União Europeia para sanar seus problemas econômicos. Além disso, um movimento de compras técnicas e o recuo do dólar também contribuem. As cotações encerraram o pregão noturno com altas de mais de 30 pontos.

O milho e o trigo também operam bastante firmes na CBOT depois de uma estimativa das Nações Unidas de que a produções desses grãos não serão capazes de atender a demanda, apertando ainda mais os estoques. Se recuperando das perdas recentes, os principais vencimentos do milho encerraram com ganhos de mais de 16 pontos e os do trigo com altas de mais de 20 pontos.

A produção global de cereais, incluindo milho e trigo, cairá para 2,216 bilhões de toneladas na temporada 2010/11. No ciclo anterior foram 2,263 bilhões de tonelads. A produção é menor do que a demanda estimada em 2,254 bilhões de toneladas. Os dados são da FAO, braço da ONU para a agricultura e alimentação.

"Nós acreditamos que a o tamanho da safra no próximo ano será determinante para ditar o tom de estabilidade dos mercados", disse Ker Chung Yan, analista da Phillip Futures Pte.

As quebras de produção, causada por eventos climáticos como a séria estiagem que atingiu a Rússia e a Ucrânia, prejudicou as previsões para as reservas mundiais.

Ainda de acordo com a FAO, os estoques de óleos vegetais são capazes de atender 13,2% da demanda e afirma que "trata-se de um nível crítico".

No entanto, mesmo com esse possível declínio da produção mundial e essa expressiva alta dos preços, ainda é preciso cautela diante do mercado - o qual não esperava por um avanço como este.

>> Veja como ficaram as cotações da SOJA

>> Veja como ficaram as cotações do MILHO

>> Veja como ficaram as cotações do TRIGO

Com informações da Bloomberg

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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