Aiba convoca sojicultores do Oeste a cadastrar dados para o Vazio Sanitário da Soja
De acordo com Portaria da Adab, todo proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título de propriedade produtora de soja, inclusive aqueles que utilizem quaisquer sistemas de irrigação, deverão realizar a cada ano o cadastramento da propriedade, assim como comunicar as eventuais alterações deste no site da Aiba. "Quem não se cadastra não está pensando na coletividade e estará fora da lei", conta o diretor executivo da Aiba, Alex Rasia. As penalidades previstas em caso de descumprimento do vazio sanitário da soja são multa, interdição da propriedade e descredenciamento para o crédito rural.
Prejuízos passados
Na safra 2002/03 a praga destruiu 30% da plantação de soja da região Oeste da Bahia. Por isso, desde o ano passado, o vazio sanitário se tornou obrigatório na região, mesmo ocorrendo praticamente de forma natural, já que nela a estação de chuvas é bem definida. O plantio ocorre em novembro e dezembro e a colheita entre março e abril. "A obrigatoriedade é imposta pelo Ministério da Agricultura para evitar polêmicas com outros estados, onde ocorrem chuvas", afirma Rasia.
A única forma de controle da ferrugem, além do vazio sanitário, é a aplicação de fungicida. Estudos da Embrapa Soja apontam que os fungicidas protegem, em média, por 25 dias. "O conhecimento exato da área plantada com soja nos permite maior precisão do monitoramento e controle do fungo", diz o presidente da Fundação Bahia, Amauri Stracci. Segundo o presidente, com as aplicações preventivas outras doenças causados por fungos são controladas. Para Alex Rasia, a adoção das medidas preventivas contra a ferrugem trouxe outros benefícios para a região. "Antes, nossa média de produtividade não passava de 40 sacas por hectare. Agora, chegamos a 51 sacas/ha", conta Rasia