Cotações futuras e tendências da soja em Chicago
Cotações futuras de soja atingem o seu mais baixo nível dos últimos três meses e meio devido a perspectivas negativas decorrentes de possíveis supersafras sul-americanas e a vendas futuras inspiradas em razões técnicas.
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Nesta segunda-feira, vinte e cinco de janeiro de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam novamente em queda, com perdas entre moderada e acentuada, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME Group), no que se refere aos três primeiros vencimentos futuros, conforme a tabela acima.
Condições reportadas como excelentes pertinentes à atual safra brasileira de soja e vendas expressivas da oleaginosa no pregão futuro de Chicago pelos fundos de especulação impressionam traders e analistas dessa commodity, pressionando para baixo as respectivas cotações futuras, também submetidas à influência negativa de fatores técnicos (análise gráfica), na medida em que níveis importantes de suporte são sucessivamente rompidos para baixo.
Nesta data, estima-se que os fundos de especulação tenham vendido cerca de 5.000 lotes futuros (680.000 toneladas) de soja, 2.000 lotes futuros de óleo de soja e 1.000 lotes futuros de farelo de soja. E isto ocorreu apesar de o total de soja norte-americana embarcada nos EUA na semana passada ter confirmado as significativas expectativas prévias de aproximadamente 1,15 milhão de toneladas.
O total acumulado de soja norte-americana da safra 2009/10 embarcada até o presente corresponde a 64,3 % da previsão sobre o total de exportações norte-americanas da oleaginosa durante o ano-safra em curso. A este percentual compara-se a média percentual de 52,5 %, embarcada até esta época do ano, considerados os cinco últimos anos-safra.
E o recuo das cotações futuras de soja em Chicago nesta segunda-feira ocorreu também a despeito de preços futuros mais altos de trigo e de milho e apesar de modestas altas nos preços das ações em bolsas de valores dos EUA e dos preços futuros do petróleo, em Nova Iorque (NYMEX).
Entretanto, há previsões de continuidade de clima muito quente e seco na Argentina, até o início da próxima semana. Cumpre prestar atenção à seguinte advertência de Dale Durchholz, analista da firma norte-americana Agrivisor: "a grande safra sul-americana ainda não está guardada em silos e, considerado (i) o consumo recorde de soja nos EUA e (ii) o fato de que as safras argentinas (de soja e de milho) ainda têm pela frente o seu momento crítico de definição, alguma incerteza ainda paira sobre o mercado (futuro)".
Cordiais saudações,
Antonio Bueno
SojaNet