Complexo soja segue muito volátil: Despencada do óleo, altas no farelo e falta de direção para o grão

Publicado em 27/11/2024 12:55

Os futuros do óleo negociados na Bolsa de Chicago seguem intensamente voláteis. Depois de dispararem mais de 3% na sessão anterior, os preços caem mais de 3% no pregão desta quarta-feira (27), refletindo as incertezas que marcam o mercado neste momento. Perto de 12h30 (horário de Brasília), o contrato dezembro tinha 41,42 cents de dólar por libra-peso. 

"O oil share continua volátil. Ontem, o mercado foi comprador de óleo e vendedor de farelo. Hoje o oposto" afirma o time da Agrinvest Commodities. "Os fundamentos do óleo são construtivos, mas o que vai acontecer com os programas de Biden continuam gerando incertezas". 

De outro lado, o farelo volta a subir e registra ganhos de mais de 1% entre as posições mais negociadas. Ainda segundo a consultoria, além de todas as questões relacionadas ao complexo dos óleos vegetais, as discussões em torno do futuro da lei antidesmatamento da Europa também estão em evidência. "A novela da EUDR ainda não terminou O parlamento europeu precisa votar emendas que ficaram de fora. Se o prazo estourar, a demanda por farelo pode migrar para os EUA". 

Assim, no início da tarde de hoje, os contratos mais negociados subiam mais de 1%, com o dezembro sendo cotado a US$ 291,30 e o março, US$ 300,30 por tonelada curta. 

Enquanto isso, para a soja em grão continua a falta de direção. Os futuros da oleaginosa subiam timidamente, com ganhos entre 1,50 e 4 pontos, com o janeiro valendo US$ 9,87 e o maio - referência para a safra brasileira - com US$ 10,10 por bushel. 

O mercado segue atento aos fundamentos, de um lado ainda pressionado pela oferta - em especial pela nova safra da América do Sul que se desenvolve bem - e ainda encontrando suporte em algumas informações da demanda. De acordo com a Agrinvest Commodities, a chinesa Sinograin continua comprando soja nos EUA. "Nesta semana, falam em cinco barcos para embarque fevereirio. As crushers comerciais continuam comprando no Brasil para janeiro-fevereiro e meses mais longos", explica Eduardo Vanin, analista da Agrinvest. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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