Soja fecha estável em Chicago nesta 2ª, com pressão do farelo e suporte do óleo

Publicado em 07/10/2024 16:34
Mercado atento ainda à volta da China do feriado

O mercado da soja encerrou o pregão desta segunda-feira (7) na Bolsa de Chicago. Os preços perderam de 3 e 3,75 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro a US$ 10,34 e o maio a US$ 10,82 por bushel. O farelo continua exercendo pressão sobre os preços do grão, já que registraram uma nova sessão de baixas e terminaram o dia com quase 2% de recuo na CBOT nesta primeira sessão da semana. O contrato dezembro fechou o dia com US$ 324,00 por tonelada curta. 

Além da pressão vinda do farelo - que se origina de uma combinação de fators, incluindo as incertezas sobre a lei anti-desmatamento da União Europeia - a previsão de clima melhor no Brasil nos próximos dias também favorece as perdas. 

"A previsao de retorno das chuvas na região central do Brasil nesta semana coloca uma pressão adicional sobre o ativo", informou o time da Agrinvest Commodities. Em entrevista ao Bom Dia Agronegócios desta segunda-feira, o analista de mercado da consultoria, Eduardo Vanin, ele destacou como a assertividade dos modelos climáticos para as condições para o Brasil está baixa e garantindo ao mercado ainda bastante volatilidade. 

Reveja a entrevista:

Outro ponto de atenção entre os traders é a demanda chinesa - com uma nova venda sendo informada pelo USDA nesta segunda-feira - e a volta do país do feriado da Semana Dourada, ambos trazendo certo suporte aos preços da oleaginosa na CBOT. 

"As processadoras chinesas estão atentas a três ponos: a reabertyra de Dalian e o comportametno dos preços dos óleos; a definição da margem de esmagamento e o clima no Brasil", complementou a Agrinvest. 

E nesta segunda, os futuros do óleo de soja na Bolsa de Chicago também contribuiram para o suporte das cotaçõs do grão,já que fecharam a sessão com quase 2% de alta, ainda na carona do petróleo, que registrou um novo disparo de mais de 4% nesta segunda-feira, mantendo o foco central deste mercado na intensificação dos conflitos do Oriente Médio. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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